Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Em São Paulo, Elton John faz show profissional, mas morno

Cantor se apresentou por mais de duas horas no Jockey Club

Paulo Cavalcanti Publicado em 28/02/2013, às 13h07 - Atualizado às 17h07

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Elton John voltou ao Brasil depois de uma passagem pelo Rock in Rio, em 2011 - XYZ / Stephan Solon
Elton John voltou ao Brasil depois de uma passagem pelo Rock in Rio, em 2011 - XYZ / Stephan Solon

Elton John apresentou-se na noite desta quarta, 27, para um bom público no Jockey Club, em São Paulo. O show não teve surpresas, embora Elton estivesse um pouco mais falante do que o normal.

Precisamente às 20h30, como era o previsto, o pianista inglês e a banda apareceram no palco. Ele usava uma camisa azul e um paletó cinza com pequenas lantejoulas brilhantes. Também ostentava óculos azul, para combinar com a camisa. Elton começou a apresentação com duas canções agitadas e bem conhecidas: “The Bitch is Back” e “Bennie and The Jets”. “Grey Seal”, “Levon” e “Tiny Dancer” deram uma desacelerada. “Esta é uma canção sobre o amor, algo em que acredito”, falou o popstar, emendando com “Believe”, mais uma balada.

Entrevista Rolling Stone: Elton John fala sobre ser pai, discute o preconceito e recorda as décadas de 70 e 80.

“Esta é sobre Nova York”, ele disse antes de cantar “Mona Lisas and Mad Hatters”. Elton acelerou novamente com “Philadelphia Freedom”, hit dos anos 70 sobre o som que surgia naquela cidade dos Estados Unidos. Emendou com “Candle in The Wind”, canção feita originalmente para homenagear Marylin Monroe, que mais tarde, com letra modificada, virou tributo à Princesa Diana. Elton cantou a letra da versão original, mas não colocou muita emoção na interpretação.

“Goodbye Yellow Brick Road”, música título daquele que é considerado o melhor disco do artista, veio depois, e John cantou de forma meio displicente, com as vocalistas de apoio salvando a pátria na notas altas. Já “Rocket Man” animou o público. Felizmente ele foi direto ao ponto e não tocou o hit de forma estendida, como às vezes faz.

“Hey Arab”, de The Union, parceria dele com Leon Russel, veio depois, seguida de “I Guess That's Why They Call It the Blues”, hit dos anos 80. “Funeral for a Friend/Love Lies Bleeding”, canções de Goodbye Yellow Brick Road, servem para ilustrar o momento em que a banda mostra seus dotes instrumentais. A sequência com as conhecidas ”Honky Cat”, “Sad Songs”, “Daniel”, “Sorry Seems to Be the Hardest Word” e “Skyline Pigeon” agradou mais do que as canções anteriores.

Depois de apresentar os músicos, Elton deu início a “Don't Let the Sun Go Down on Me”, e neste exato momento começou a garoar forte no Jockey Club. A chuva perdurou até a próxima, a agitada “I'm Still Standing”. O cantor recordou a retrô “Crocodile Rock” e pediu para o publico fazer o coral, mas ninguém estava muito animado para isso – com a chuva, muita gente começou ir embora e a se dispersar. A apresentação foi encerrada com o rock “Saturday Night's Alright for Fighting”.

Depois de agradecer e sair do paco, o cantor voltou para o bis com a balada “Your Song”. Faltavam cerca de 15 minutos para as 23h quando John deixou novamente o palco para não mais voltar. Foi um final apropriado para uma apresentação profissional, embora um tanto morna.

A turnê ainda tem quatro datas no Brasil: 5/3, no estádio Zequinha (Porto Alegre); 8/3, no Centro de Convenções Internacional (Brasília); 9/3, no Estádio do Mineirão (Belo Horizonte), e em 10/3, no Chevrolet Hall (Olinda).