Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Em carta aberta, Morrissey escreve que Margaret Thatcher “não tinha um átomo de humanidade”

O músico, um ferrenho crítico do governo britânico, publicou palavras duras sobre a ex-premiê que morreu na manhã desta segunda, 8

Rolling Stone EUA Publicado em 09/04/2013, às 10h02 - Atualizado às 14h54

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
<b>2010</b>
<br>
Discutindo a crueldade contra animais na China, Morrissey diz ao <i>The Guardian</i>: “Você não tem escolha a não ser pensar que os chineses são uma subespécie”.  - AP
<b>2010</b> <br> Discutindo a crueldade contra animais na China, Morrissey diz ao <i>The Guardian</i>: “Você não tem escolha a não ser pensar que os chineses são uma subespécie”. - AP

Morrissey tinha duras palavras para dizer sobre a morte de Margaret Thatcher. Para expressá-las, o ex-vocalista do The Smiths escreveu uma carta aberta, publicada no Daily Beast.

Os 15 insultos mais polêmicos de Morrissey

“Todas as ações dela eram carregadas de negatividade”, escreveu ele, ainda chamando a líder política conservadora de “selvagem” e “o terror sem um átomo de humanidade”. Leia o texto completo abaixo:

“Thatcher é lembrada como a Dama de Ferro só porque ela possuía apenas traços negativos, como uma teimosia persistente e a determinação em se recusar a ouvir os outros.

Todas as ações dela eram carregadas de negatividade; ela destruiu a indústria de manufatura britânica; ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava aqueles que lutam pela independência da Irlanda e permitia que morressem, ela odiava os britânicos pobres e nunca fez algo para ajudá-los, ela odiava o Greenpeace e protecionistas ambientais, ela foi a única política europeia que se opôs ao banimento do comércio de marfim, ela não tinha inteligência ou fervor e até o próprio Gabinete a expulsou. Ela deu a ordem para explodir o cruzador General Belgrano, mesmo que ele estivesse fora da zona de exclusão das Malvinas – e estava navegando para LONGE das ilhas! Enquanto jovens argentinos a bordo do Belgrano sofriam uma morte injusta e terrível, Thatcher fazia um sinal com o polegar para cima para a imprensa britânica.

Ferro? Não. Selvagem? Sim. Ela odiou as feministas mesmo quando foi graças ao progresso do movimento feminino que os britânicos tenham aceitado uma Primeira-Ministra que fosse mulher. Por causa de Thatcher, nunca mais haverá uma mulher de poder na política britânica e, em vez de abrir esta porta para outras mulheres, ela a fechou.

Thatcher será lembrada com carinho por sentimentalistas que não sofreram sob a liderança dela, mas a maioria das classes operárias do Reino Unido já a esqueceram e o povo argentino celebra a morte dela. Para que fique registrado: Thatcher era um terror sem um átomo de humanidade.

Morrissey.”