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Em carta, ex-esposa de Scott Weiland pede para que os fãs não glorifiquem a morte do artista

O músico morreu enquanto dormia no dia 3 de dezembro após sofrer uma parada cardíaca

Redação Publicado em 08/12/2015, às 12h35 - Atualizado às 17h08

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Galeria - 20 canções Scott Weiland - Invision
Galeria - 20 canções Scott Weiland - Invision

A norte-americana Mary Forsberg, que foi casada com Scott Weiland entre os anos de 2000 e 2007, escreveu uma emocionada carta na qual fala sobre o conturbado relacionamento com o músico e pede para que fãs não “glorifiquem” a tragédia. Weiland morreu enquanto dormia, na última quinta-feira, 3, após sofrer uma parada cardíaca.

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A carta foi publicada integralmente pela Rolling Stone EUA e diz: “O dia 3 de dezembro de 2015 não foi o dia da morte de Scott Weiland. É o dia no qual o público prestará homenagens a ele e foi o último dia no qual ele pode usar um microfone para o benefício e divertimento de outras pessoas”.

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Ela segue dizendo que, apesar de estar vivo até a última semana, Weiland foi um pai ausente: “A verdade é que, assim como muitas crianças, Noah e Lucy (filhos do casal) perderam o pai há anos. O que eles verdadeiramente perderam em 3 de dezembro foi a esperança material”.

Lembre como foi o primeiro show do Stone Temple Pilots no Brasil, em 2010.

No texto, Mary Forsberg deixa claro que Weiland foi profundamente ausente na vida dos filhos, dizendo que, após se casar novamente, o artista “nunca pisou em casa” novamente. “Estamos tristes e com raiva por essa perda, mas estamos mais devastados pela escolha dele de desistir de tudo.”

Ela também pede para que os fãs não tratem a morte de Weiland como uma tragédia de um astro do rock e que observem os erros cometidos do vocalista. “Se você é um pai e não está dando o seu máximo esforço, tudo que se pede que você tente um pouco mais e não desista. Progresso, não perfeição, é o que as crianças pedem. Nossa esperança em Scott morreu, mas ela ainda pode ser encontrada em outros lugares”, escreveu.

“Vamos optar em fazer desse o primeiro momento no qual não glorificamos a tragédia com a conversa sobre o rock e os demônios que, por sinal, não o acompanham obrigatoriamente. Esqueça a camiseta depressiva sobre a morte de Scott e use o dinheiro para levar seu filho ao jogo ou para tomar sorvete", pediu Forsberg.

Saiba mais sobre a vida de Scott Weiland

Scott Richard Kline nasceu em 27 de outubro de 1967, em San Jose, na Califórnia. A mãe, Sharon Williams, e o pai dele, Kent Kline, se divorciaram dois anos depois. O padastro, Dave Weiland, o adotou aos cinco anos de idade e mudou seu sobrenome. Ele se mudou com a família para Ohio, onde ficou por muitos anos antes de retornar à Califórnia na adolescência.

Ele começou a fazer sucesso no início dos anos 1990 como líder de uma banda de San Diego, o Stone Temple Pilots, que teve hits como “Creep”, “Big Empty”, “Vasoline” e “Interstate Love Song”. O grupo se juntou na segunda metade dos anos 1980 e gravou uma demo sob o nome Mighty Joe Young por volta do ano de 1990.

Depois de passar a se chamar Stone Temple Pilots, eles lançaram cinco discos entre 1994 e 2002 – e ganharam um Grammy em 1994 pelo single de Core “Plush” – até se separarem em 2002. A banda voltou a se reunir em 2008, lançando o álbum Stone Temple Pilots em 2010, antes de demitir Weiland em 2013 e substituí-lo pelo vocalista do Linkin Park, Chester Bennington.

Entre as passagens pelo STP, Weiland foi líder do Velvet Revolver, uma banda que tinha na formação o guitarrista Dave Kushner e os antigos membros do Guns N’ Roses Slash, Duff McKagan e Matt Sorum. Eles lançaram dois discos e tiveram dois singles de sucesso, “Slither” e “Fall to Pieces”, além de um Grammy (por “Slither”), antes que Weiland saísse, em 2008, para voltar à sua banda anterior. Eles se reuniram rapidamente em 2012 para um show.

Além dos trabalhos com os grupos, o vocalista também lançou quatro álbuns solo. O mais recente e único lançamento com a Wildabouts, chamado Blaster, saiu este ano.

Veja uma lista de 20 faixas que, assim como “Plush”, completaram duas décadas de existência em 2013.

Durante grande parte da carreira, Weiland travou uma batalha bastante pública contra o vício. Ele foi condenado por ter comprado cocaína em 1995 e por ter dirigido sob a influência de entorpecentes duas vezes, em 2003 e 2007, segundo a CNN.

Weiland deixa dois filhos, Noah e Lucy, os quais ele teve com a ex-esposa Mary Forsberg, e a esposa atual, Jamie Wachtel, com quem casou em 2013. Os dois se conheceram em 2011, quanto ela o fotografou durante a gravação de um videoclipe, segundo o Los Angeles Times. Ele também foi casado com Janina Castaneda durante grande parte dos anos 1990.