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Pianistas juntam música cubana e jazz no show Trance

Chucho Valdés e Gonzalo Rubalcaba se apresentam em São Paulo (Sala São Paulo, 29/8) e no Rio de Janeiro (Sala Cecília Meireles, 31/8)

Paulo Cavalcanti Publicado em 28/08/2018, às 17h31

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Gonzalo - Anna Turayeva/ Divulgação
Gonzalo - Anna Turayeva/ Divulgação

Depois de passar por diversas partes do mundo, os pianistas cubanos Chucho Valdés e Gonzalo Rubalcaba apresentam pela primeira vez no Brasil o projeto em conjunto chamado Trance. Os shows acontecerão como parte da segunda edição da iniciativa Mais Piano nesta quarta, 29, na Sala São Paulo, em São Paulo, e na sexta, 31, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. Os virtuosos são amigos há muito tempo, mas só agora os caminhos musicais deles finalmente se cruzam de forma mais concreta. A apresentação de abertura nas duas capitais será do pianista brasileiro André Mehmari, que tocará canções próprias e fará arranjos autorais de temas da MPB.

Os músicos são de gerações diferentes da produção sonora cubana, mas dizem que aprendem muito um com o outro. Valdés, de 74 anos, fala: “Eu conheço o Gonzalo desde que ele era criança. Eu era amigo do Guillermo Rubalcaba, o pai dele, um dos principais nomes do chá-chá-chá. O piano de Cuba tem uma história longa e juntamos todas estas tradições nestes shows que estamos fazendo. Nossos dois pianos soam como se fossem um”.

Gonzalo Rubalcaba, de 55 anos, explica como será a estrutura do show: “Tocaremos juntos quase o tempo todo. Mas teremos alguns momentos em que cada um de nós estará sozinho. Não será apenas um revival de standards da música cubana, isso seria muito confortável. Tocaremos também jazz, que influenciou muito a música do meu país, e clássicos da canção norte-americana como ‘Caravan’, de Duke Ellington, temas de Thelonious Monk e de outros jazzistas de renome. Navegaremos por um vocabulário sonoro que demanda muita concentração e técnica. Cada vez tocamos de forma diferente e improvisamos muito.”

A música brasileira também será prestigiada. Chucho Valdés, que já esteve no país outras vezes, trabalhou anteriormente com nomes da nossa música como Ivan Lins, Hamilton de Holanda, Egberto Gismonti, entre outros. “As músicas de Cuba e do Brasil têm muito a ver. A produção musical de ambos os países compartilha certas raízes do som latino-americano. Quem assistir às nossas apresentações perceberá isso. Nesse campo, teremos algumas surpresas, mas já adianto que prestaremos uma homenagem ao Hermeto Pascoal”, conclui.