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Entrevista: Black Sabbath se despede dos palcos com série de shows que virá ao Brasil

“Eu não quero arrastar tudo na lama”, diz Ozzy Osbourne

Kory Grow Publicado em 16/04/2016, às 11h34

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Apresentação em Denver, em 15 de fevereiro - Rex/Shutterstock
Apresentação em Denver, em 15 de fevereiro - Rex/Shutterstock

Quase meio século depois de ter feito os fãs de rock se borrarem de medo com o primeiro disco da carreira, o Black Sabbath começa a dar adeus aos palcos. A grandiosa turnê de despedida The End já tem shows agendados até o fim do ano (veja as datas brasileiras abaixo). Ozzy Osbourne diz que a ideia de dar um basta foi uma decisão conjunta dele, do guitarrista, Tony Iommi, e do baixista, Geezer Butler. “Eu não quero arrastar tudo na lama”, diz o vocalista. “A melhor coisa que aconteceu ao Sabbath foi a primeira vez que nós tomamos rumos diferentes durante um tempo [em 1979]. Foi bom para eles e bom para mim.” Osbourne tem certeza de que a decisão é final: “Pode apostar”.

“Vai ser doce e amargo ao mesmo tempo”, analisa Butler ao olhar para o futuro. “Fico feliz por encerrarmos em um patamar elevado, mas é triste por ser o fim daquilo que eu conheci durante a maior parte da minha vida.”

Como já foi muito divulgado, uma parte fundamental da história do Sabbath não participa da festa. O baterista Bill Ward se separou do grupo pouco depois de os colegas de banda anunciarem uma reunião, em 2011, para fazer um novo álbum; afirma que não lhe ofereceram um contrato “assinável”. Tem brigado publicamente com os ex-parceiros desde então, principalmente após Osbourne descrevê-lo como “incrivelmente acima do peso” e sem condições de fazer turnê.

O grupo alistou Tommy Clufetos, que toca na banda solo de Osbourne, para assumir a bateria na turnê. Ward declarou à Rolling Stone que ele e seu empresário abordaram os responsáveis pela produção para oferecer sua volta à banda para The End. “Fomos informados de que não havia interesse.”

Depois de resolver seguir em frente sem Ward, o Sabbath enfrentou outra crise, ainda mais séria. Em 2012, Iommi revelou que tinha sido diagnosticado com linfoma. Mesmo assim, dedicou-se a compor o mais recente lançamento de estúdio da banda, 13 (2013). “Achei que a última turnê seria o fim”, diz Butler em relação às atividades do grupo em 2014. Atualmente, o prognóstico de Iommi é positivo, de acordo com o baixista. “Acho que o câncer meio que foi embora, pelo menos por enquanto.”

Antes da turnê, a banda alimentou a ideia de gravar uma sequência para 13, com a informação de que Iommi tinha “um montão” de riffs prontinhos. Mas em vez de fazer um álbum novo o trio está vendendo um CD em edição limitada que só está disponível para compra nos shows da turnê, também com o título de The End. Contém quatro sobras de estúdio de 13, além de quatro gravações ao vivo. Depois da turnê, os músicos vão resolver se o Black Sabbath algum dia retorna ao estúdio. “Não estou dizendo que nunca mais vou voltar a gravar com Tony ou Geezer. Só não quero fazer turnê com o Black Sabbath depois desta.”

Hoje, a vida na estrada não teria como ser mais diferente do que foi no início, na década de 1970. A banda faz intervalos regulares para que Iommi possa se submeter a exames de sangue, e Osbourne também está cuidando da saúde. Está sóbrio há três anos e faz uma hora de exercícios físicos por dia. Butler, vegetariano a vida toda, tornou-se vegano. Há um grande contraste com os velhos tempos, quando o consumo de drogas e álcool era lendário. “Eu fui a porra do rebelde durante tantos anos. Agora não consigo entender por que ficava me enchendo de Jack Daniel’s, cheirando um saco de pó branco e falando merda até o amanhecer, achando que era divertido. Se eu tivesse que fazer isso agora, iria arrancar meus próprios olhos”, conclui Osbourne.

Black Sabbath com a turnê The End no Brasil

Curitiba (PR)

30 de novembro (quarta-feira), às 21h

Pedreira Paulo Leminski - Av. João Gava, S/N - Pilarzinho

Ingressos: entre R$ 380 (pista) e R$ 650 (pista premium) no site da Tickets For Fun

Rio de Janeiro (RJ)

2 de dezembro (sexta-feira), às 21h

Praça da Apoteose - Passarela do Samba Prof. Darcy Ribeiro - Sambódromo/RJ

Ingressos: R$ 370 (pista/arquibancada) a R$ 680 (pista premium) no site da Tickets For Fun

São Paulo (SP)

4 de dezembro (domingo), às 20h30

Estádio Morumbi - Praça Roberto Gomes Pedrosa, 1 - Morumbi, São Paulo

Ingressos: entre R$ 250 e R$ 700 no site da Tickets For Fun