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De volta ao Brasil, Joe Satriani fala sobre influências e os projetos dos quais faz parte

Entre os dias 7 e 11 de dezembro, o guitarrista faz um giro pelo país, passando por São Paulo, Curitiba e Porto Alegre

Paulo Cavalcanti Publicado em 07/12/2016, às 13h36 - Atualizado às 13h42

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Joe Satriani - Larry DiMarzio
Joe Satriani - Larry DiMarzio

O virtuoso guitarrista norte-americano Joe Satriani se apresenta na noite desta quarta, 7, em São Paulo, no Espaço das Américas. Ele também toca em Curitiba, no Net Live Curitiba (9), e em Porto Alegre, no Teatro Araújo Vianna (11). Esta é a oitava vez que Satriani toca no país, incluindo shows solo e as ocasiões que ele veio fazendo parte do projeto de guitarristas G3.

Desta vez, Satriani vem com a turnê Surfing to Shockwave, onde dá uma geral em seus 30 anos de carreira. Ele também tocará canções do álbum Shockwave Supernova, que foi lançado em 2015. Em entrevista por telefone, o sempre solicito Satriani, que completou 60 anos de idade em julho, falou um pouco sobre importantes pontos de sua trajetória.

Sobre o mais recente álbum, ele explica: “Este é um disco conceitual, que mostra um pouco do meu outro lado, as outras ideias que eu tenho”. “Eu, na verdade sou um cara tímido. Então, no disco lancei o conceito de um álter ego, de um poderoso super astro do rock. Eu não sou assim, mas é um bom exercício criar músicas que tenham este estado de espírito.”

O novo trabalho de Satriani traz faixas instrumentais com boa pegada como “Scarborough Stomp” e “Butterfly and Zebra”. Em “San Francisco Blues”, um dos destaques, ele revisita um de seus grandes interesses: o blues. Satriani fala: “Em casa, eu tenho um quarto pintado de azul, para lembrar-me de onde tudo veio. Eu só fui conhecer o blues de raiz tempos depois. No começo, eu descobri o estilo ouvindo a interpretação da música através de artistas de rock como Led Zeppelin, ZZ Top – Billy Gibbons, o guitarrista da banda texana, sempre foi um dos meus favoritos. E é claro, Jimi Hendrix, a minha maior fonte de inspiração até hoje.”

No ano que vem, serão celebrados os 30 anos de lançamento de Surfing with the Alien. O trabalho de 1987 tornou Satriani um astro e sempre aparece em listas de melhores álbuns de guitarra de todos os tempos. O músico medita: “Eu não pensava que este disco fosse se tornar um marco tão gigantesco em meio à comunidade de guitarristas”. “Eu lembro até que a Rolling Stone americana dedicou um espaço generoso para mim depois que o LP finalmente começou a acontecer”, explica. “E isto veio de uma publicação que nunca foi especializada em guitarras. Mas Surfing... me deixa orgulhoso até hoje. Depois de tanto tempo, as pessoas ainda falam dele e ele é sempre redescoberto pelos mais jovens.”

Em 2014, Satriani lançou a autobiografia Strange Beautiful Music: A Musical Memoir, que foi com escrita com o jornalista Jake Brown. O livro ainda não foi publicado no Brasil. Ele conta que não foi ideia dele, mas no final ela se tornou uma experiência válida: “Quando me propuseram o livro, eu pensei: ‘Nossa, será que estou tão velho assim para ter que contar sobre minha vida?’’’, diz, rindo. “Mas valeu por me forçar a lembrar de um monte de coisas e também para falar sobre aspectos técnicos. E, também, para colocar a música que eu faço sob um tipo de perspectiva. O mais legal foi poder ler os depoimentos e ver o que as pessoas tinham para falar a meu respeito, como o Brian [May], que escreveu o prefácio.”

Satriani esclarece que os projetos paralelos dos quais ele participa ainda estão de pé, ele só está não achando muito tempo. O músico está tocando com o Steve Vai e banda Aristocrats na atual formação do G3, mas devido à continua divulgação de Shockwave Supernova, os shows não são tão freqüentes.

E fala que o Chickenfoot já gravou uma música nova (“Divine Termination”), mas não existe previsão disco inteiro, muito menos um turnê: “O Chad [Smith] está na estrada com o Red Hot Chili Peppers. Eu também estou com esta turnê e tenho que me concentrar muito nela. afinal é a do disco novo. E o Sammy [Hagar] e o Michael [Anthony] também estão com seus projetos. Ainda é mais fácil arranjar tempo em estúdio, Mas com as agendas tão cheias como a nossa, colocar nós quatro juntos na estrada exige uma logística muito complicada. Mas vamos ver o que acontece, afinal, nós nos divertimos tanto juntos que um dia vamos arranjar um tempo, sim. Afinal, somos todos grandes amigos”, conclui.

Joe Satriani no Brasil

São Paulo

7 de dezembro, às 21h

Espaço das Américas – R. Tagipuru, 795 – Barra Funda

Ingressos: entre R$ 250 e R$ 500 (há meia entrada)

Curitiba

9 de dezembro, às 22h

Live Curitiba – Rua Itajubá, 143 – Novo Mundo

Ingressos: entre R$ 140 e R$ 320 (há meia entrada)

Porto Alegre

11 de dezembro, às 20h

Auditório Araujo Vianna – Av. Osvaldo Aranha, 685 – Parque Farroupilha

Ingressos: entre R$ 130 e R$ 340 (há meia entrada)