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Enviados dos deuses do metal

O Manowar retorna aos palcos brasileiros depois de mais de uma década

Por Paulo Cavalcanti Publicado em 10/05/2010, às 16h33

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Público brasileiro pôde ouvir mais uma vez, após mais de uma década, a voz de Eric Adams ao vivo - Bruna Sanches
Público brasileiro pôde ouvir mais uma vez, após mais de uma década, a voz de Eric Adams ao vivo - Bruna Sanches

Muita gente não leva o Manowar a sério. Em seus trinta anos de existência, o quarteto norte-americano nunca teve vergonha de encarnar a caricatura suprema da filosofia heavy metal, com suas melodias bombásticas e letras pomposas exaltando vikings, os deuses e a mitologia nórdica. No palco, os membros do grupo não são nada sutis. Tudo é puro teatro e eles se portam como se tivessem voltado do Valhalla [na mitologia nórdica, é o local onde os vikings eram recebidos, com honra, após terem sido mortos em batalha]. Mesmo assim, apesar de seus detratores considerarem o quarteto uma versão "séria" do Massacration, o Manowar possui uma legião de fanáticos que não admitem gozação com seu grupo favorito. Mais de seis mil deles estiveram no Credicard Hall, em São Paulo, na noite desta sexta-feira, 7.

O Manowar não tocava aqui há 12 anos e naturalmente havia muita expectativa. Boa parte do repertório do show veio de Gods of War, o mais recente álbum de estúdio da banda, lançado em 2007. Exatamente às 22h30, Eric Adams (vocal), Joey DeMaio (baixo), Karl Logan (guitarra) e Donnie Hamzik (bateria), que veio no lugar do titular Scott Columbus, subiram ao palco e abriram a noite com "Hand of Doom". A sequência épica ainda teve "Call To Arms", "Die With Honor" e "Swords In The Wind".

Em seguida, um pequeno intervalo para o resto da banda descansar. O tempo foi preenchido com o guitarrista Karl demonstrando sua habilidade na guitarra. Os outros três retornaram e emendaram com "Let the Gods Decide". A banda saiu novamente do palco e chegou o momento em que Joey DeMaio, o falastrão e líder do quarteto, apareceu para exaltar as virtudes e o estilo de vida do Manowar. "Nós somos os melhores, tocamos mais alto, não tem para ninguém", falou o músico. O baixista também disse que sentia falta dos fãs brasileiros e convocou um membro do público para tocar guitarra. Um rapaz subiu ao palco, improvisou um pouquinho, tocou alguns riffs e o resto da banda se juntou a ele para todos tocarem "Die for Metal". Então, a banda e seu convidado dividiram o palco com uma trinca de garotas seminuas, também convidadas por DeMaio, que foram devidamente beijadas e apalpadas pelo baixista e pelo fã brasileiro, o "Manowar honorário".

Depois que a pseudo orgia terminou, o quarteto executou "The Sons of Odin" e "Sleipnir". O vocalista Eric Adams pediu para o público gritar bem alto e introduziu novamente seu companheiro Joey DeMaio, que executou um solo de contrabaixo. O Manowar então tocou "God Or Man", "Loki - God Of Fire " , "Thunder in The Sky" e se despediu do público. Mas foi apenas uma deixa para o bis, que teve "Warriors of The World", "House of Death" e "King Of Kings".

O show fechou com a clássica "Army of The Death", enquanto os seguidores do Manowar levantavam os braços e cerravam os punhos, selando sua aliança com os autointitulados "deuses do metal". Hoje, o Manowar toca no Rio de Janeiro (Citibank Hall) e, neste domingo, em Belo Horizonte (Chevrolet Hall).