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Esqueçam as guitarras, a nova moda é comprar casas onde seus ídolos moraram

Para os colecionadores, comprar e reformar as residências em que viveram os grandes ídolos da música é ajudar a manter o legado vivo

Rolling Stone EUA Publicado em 25/08/2019, às 12h30

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Montagem Rolling Stone EUA (Fotos: Ian Dickson/Shutterstock, Frank Micelotta/Getty Images, Nils Jorgensen/Shutterstock, Brad McClenny/The Gainesville Sun, Suzi Pratt/Getty Images, Jim Steinfeldt/Michael Ochs Archives/Getty Images)
Montagem Rolling Stone EUA (Fotos: Ian Dickson/Shutterstock, Frank Micelotta/Getty Images, Nils Jorgensen/Shutterstock, Brad McClenny/The Gainesville Sun, Suzi Pratt/Getty Images, Jim Steinfeldt/Michael Ochs Archives/Getty Images)

Tanto quanto existem pessoas diferentes no mundo, existem também incontáveis tipos de colecionadores. Há quem goste de colecionar coisas mais comuns como selos, moedas de países variados e livros. Tem também aqueles com gosto (um pouco) mais peculiar, e compram instrumentos e intens usados pelos músicos que marcaram suas vidas. Um pouco mais além, habita a menor parcela desse clube: os que colecionam casas onde seus ídolos moraram. 

A venda e compra de memorabilia do mundo da música já se instaurou como um mercado prolífero há anos, e isso não é novidade. A bateria usada por Ringo Starr durante os anos dos Beatles foi vendida em 2014 por US$ 2,2 milhões. Em 2011, a jaqueta vermelha e preta usada por Michael Jackson em Thriller foi adquirida por US$ 1,8 milhões. E mais recentemente, esses compradores têm voltado a atenção para as residências nas quais os astros algum dia já residiram.

Bill Pagel é um deles. Ele é dono de duas casas nas quais Bob Dylan já morou. A aquisição mais recente foi uma de dois andares, onde o ícone do folk viveu entre 1948 e 1959. "Quando você começa a colecionar casas – e eu tenho duas – é provavelmente quando você deve precisar procurar ajuda profissional. Isso aí é o último estágio", brincou.

Quem também falou sobre o novo fenômeno foi Darren Julien, dono de uma casa de leilão. "O que aconteceu nos últimos 20 anos foi que [memorabilia de músico] se tornaram as novas obras de arte", e acrescentou: "É muito mais sexy pendurar uma guitarra na parede do que um Monet".

Segundo ele, as pessoas procuram "qualquer coisa que um artista ou celebridade já tocou". Então por isso, e também por serem mais baratas que os itens mencionado acima, as pessoas estão de olho nessas residência nas quais seus ídolos moraram na infância ou adolescência.

Em 2018, a casa da família de Kurt Cobain, em Aberdeen, no estado norte-americano de Washington, foi vendida para Lee Bacon por US$ 225 mil. Este ano, uma casa onde Tom Petty morou na juventude foi vendida para a ex-esposa do músico, por US$ 175 mil. Em entrevista à Rolling Stone EUA, ela falou que não pretende transformar o local em um museu ou atração turística comercial.

Enquanto isso, o lendário e controverso rancho Neverland, de Michael Jackson, teve uma queda de preço de US$ 100 milhões para US$ 31 milhões ainda não foi vendido.

Pagel sabe que esse hobby de colecionar propriedades vem com desafios atípicos. "Se for um guitarra, você pode transportá-la. Uma casa está meio que presa lá. Não é um colecionável móvel.

E por mais curioso que possa parecer, nem ele nem Bacon, dono da casa da família Cobain, pretendem mudar para essas residências adquiridas. Eles querem reformá-las para ficarem o mais próximo do original possível, e quem sabe transformar em ponto turístico como foram feitas com as casas de Paul McCartney e John Lennon em Liverpool.

"As pessoas gostam de voltar no tempo e ver de onde alguém vem, e essa será minha contribuição. Acredito que estou fazendo algo que deve ser feito, mesmo se pensarem que é meio maluco", disse Pagel.

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