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Festival do Rio 2013: Mick Jagger, Bono e outros astros falam sobre o lendário “som de Muscle Shoals”

Estúdio localizado em uma pequena cidade do Alabama foi responsável por produzir grandes clássicos

Paulo Gadioli, do Rio de Janeiro Publicado em 29/09/2013, às 16h05 - Atualizado às 16h09

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Muscle Shoals - Divulgação
Muscle Shoals - Divulgação

Em “Sweet Home Alabama”, clássico do Lynyrd Skynyrd, Ronnie Van Zant canta que “agora Muscle Shoals tem seus Swampers, conhecidos por pegar uma música ou outra/ Deus, eles me divertem muito, me animando quando estou triste”. Um verso que aparentemente não faz sentido algum, na verdade, fala sobro os músicos que comandavam a seção rítmica de um estúdio localizado em uma pequena cidade do Alabama, onde nomes como Aretha Franklin, Etta James e Wilson Pickett gravaram sucessos de suas carreiras, como mostra o belo documentário Muscle Shoals - Um Estúdio Lendário do rock.

O diretor, Greg “Freddy” Camalier, parece tão apaixonado pelo lugar quanto seus ilustres entrevistados. Por isso, começa mostrando longos takes da cidade, detalhes das estradas, o rio, a floresta. Demora até que o primeiro estúdio apareça. Antes, a aura do local é explorada, contando até com uma explicação mística sobre o poder do rio Tenessee ou, segundo as tradições dos nativos que ali moravam, o “rio que canta”.

Tudo muda quando Rick Hall entra em cena. Vindo de um passado pobre e de muita tristeza e rejeição, o norte-americano tornou-se, em suas próprias palavras, amargo e determinado. Assim, com grande esforço, abriu um estúdio na cidade de Muscle Shoals, encontrou uma músicos para formar uma seção rítmica de qualidade, os famosos Swampers, e tornou-se produtor.

A escalada e os desafios de Hall até atingir seu tão desejado sucesso são o principal mote do documentário. Embora sua primeira produção, “When A Man Loves a Woman”, de Percy Sledge, já tenha sido um sucesso e aberto os olhos dos donos de gravadora, muitos foram os percalços que o produtor teve que superar, como morte de familiares e contínuas rejeições.

Outro problema que assolava grande parte dos Estados Unidos se faz presente em Muscle Shoals. Como tudo acontece ainda na década de 60, os Estados Unidos, em especial o Alabama, ainda lidavam com uma dura segregação racial. Naquelas quatro paredes do estúdio de Hall, porém, brancos e negros eram amigos, colaboradores. Quando saiam para almoçar, olhares estranhos os acompanhavam.

Com o sucesso que as gravações feitas no estúdio faziam, criou-se a lenda do “som de Muscle Shoals”, algo que só era possível conseguir estando lá. Assim, nomes como Rolling Stones, Bob Dylan e Paul Simon foram atraídos até o local, gravando alguns de seus mais inspirados trabalhos. E a tradição segue até hoje, como mostra a bela performance de Alicia Keys que fecha o filme.

Confira os horários de exibição do filme:

TER (1/10) 17:00 Cine Santa

QUI (10/10) 15:40 Estação Botafogo 3