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Fogo Cruzado

Rechaçando rótulo de "banda famosa por Guitar Hero", sexteto Dragonforce faz dois shows no Brasil

Por Pablo Miyazawa Publicado em 07/11/2009, às 13h08

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"Eu não jogo Guitar Hero. Prefiro outros tipos de games." Herman Li, guitarrista e porta-voz do Dragonforce, mostra indisfarçável relutância ao comentar sua relação tortuosa com o videogame musical que alavancou a carreira de sua banda. O sexteto britânico de power metal, que faz neste sábado o primeiro de dois shows no Brasil (hoje, em Curitiba; no domingo, em São Paulo), ganhou notoriedade global graças à inclusão da faixa "Through the Fire and Flames" no jogo Guitar Hero III: Legends of Rock, de 2007. Repleta de idas e vindas, quebras bruscas e solos virtuosos na velocidade da luz, o épico de oito minutos de duração é considerado o desafio definitivo do game, gerando um bizarro culto entre jogadores aficionados que se exibem em performances perfeitas no YouTube.

Mas Li, que nasceu em Hong Kong e fala em um sotaque carregado, garante que a participação no game foi um mero detalhe para a carreira do Dragonforce. "Nós já tinhamos uma enorme base de fãs", ele dispara, de maneira relativamente ríspida, como se já tivesse respondido centenas de vezes a esse tipo de questão. "É claro que uma grande quantidade de pessoas começou a se interessar por nossa música, mas já éramos o Dragonforce antes de disso, fazíamos shows lotados, éramos reconhecidos na rua". Tão recheada de prós quanto de contras, a experiência no ambiente virtual ainda não é de fácil definição para o guitarrista de 34 anos. "Muitos fãs não gostaram muito de estarmos no game. Outros tantos nem nos conheciam, mas passaram a nos detestar. E é claro que muita gente começou a ir aos nossos shows só por causa de 'Through the Fire and Flames'. Então, foi tudo bem estranho". Curiosamente, a produtora dos shows do Dragonforce no Brasil tem se utilizado do bordão "a desafiadora banda do Guitar Hero" para divulgar os eventos.

A relação de amor e ódio dos fãs de heavy metal é uma constante na carreira do grupo formado em 1999, cuja música se caracteriza por odes complexas movidas a guitarras e teclados, carregadas de riffs e solos infinitos que remetem ao metal tradicional, à música erudita e até a trilhas sonoras de videogames antigos. "Gosto dos clássicos, como Joe Satriani, Steve Vai. Também respeito o John Petrucci", Herman Li cita suas influências na guitarra. "Mas hoje, me concentro em meu instrumento, na música que faço em cima do palco. Pratiquei muitos anos desde a adolescência e acho que cheguei a um ponto em que estou satisfeito com o que toco." Para a estreia em palcos brasileiros, Li promete um panorama dos quatro discos do Dragonforce (o mais recente, Ultra Beatdown, é de 2008) e uma atuação, no mínimo, performática: "Nossos shows serão basicamente divertidos. Vamos interagir com a plateia e mesmo quem não conhece bem a música do Dragonforce irá curtir. Mostraremos serviço lá em cima".

Dragonforce no Brasil

Curitiba

7 de novembro, às 21h

Opera 1- Rua Jaime Reis, 313 - São Francisco - Curitiba/PR

R$ 70

São Paulo

8 de novembro, às 20h

Carioca Club - Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros - São Paulo/SP

R$ 70 a 110