Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Foo Fighters cancela turnê europeia após ataques terroristas em Paris

A banda tinha dois shows agendados na França entre os dias 15 e 17 de novembro

Redação Publicado em 14/11/2015, às 14h47 - Atualizado às 16h34

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Foo Fighters se apresenta no <i>Late Night With David Letterman</i> em 2014. - Reprodução/Vídeo
Foo Fighters se apresenta no <i>Late Night With David Letterman</i> em 2014. - Reprodução/Vídeo

O grupo Foo Fighters anunciou na tarde deste sábado, 14, que cancelou os últimos shows da turnê Sonic Highways na Europa por conta dos ataques terroristas que assolaram Paris na noite de sexta, 13. A banda de Dave Grohl tinha apresentações agendadas em Turin, na Itália, no dia 14, em Paris, na França, no dia 15, em Lyon, também na França, no dia 17, e em Barcelona, na Espanha, no dia 19.

"É com profunda tristeza e preocupação sincera por todos em Paris que fomos forçados a anunciar o cancelamento do resto da nossa turnê. Á luz desta violência sem sentido, o fechamento de fronteiras e o sofrimento, não podemos continuar agora. Não há outra maneira de dizer isso. Isso é uma loucura e uma droga. Nossos pensamentos estão com todos os que foram feridos ou que perderam entes queridos", disse a banda em um comunicado à imprensa.

O U2 também suspendeu o show que faria em Paris neste sábado, 14. "Como resultado do estado de emergência em que se encontra a França, o show do U2 em Paris, agendado para 14 de novembro, não será realizado", diz o início do comunicado. "O U2 e a [produtora] Live Nation, ao lado da HBO, que exibiria a apresentação como um especial, pretendem seguir em frente com o show em um momento apropriado".

O comunicado inclui uma declaração oficial da banda, que está em Paris, próxima às áreas onde ocorreram os diversos atentados. "Assistimos incrédulos e chocados aos eventos que se desenrolaram em Paris e mandamos nossos sentimentos às vítimas e suas famílias em toda a cidade. Estamos arrasados com as vidas perdidas durante o show do Eagles of Death Metal e estamos rezando pela banda e seus fãs. Esperamos e oramos para que todos os nossos fãs em Paris estejam a salvo."

A banda Deftones, que esteve no Brasil em setembro deste ano para shows no Rock in Rio, no Rio de Janeiro, e em São Paulo, se apresentaria no Bataclan de 14 a 16 de novembro. Uma mensagem no Facebook oficial do grupo esclareceu que toda a equipe da banda está bem e lamentou a tragédia.

Um dos ataques aconteceu durante uma apresentação da banda norte-americana Eagles of Death Metal, na casa de shows Bataclan, para um público estimado em mais de mil espectadores. Um grupo de terroristas invadiu o local, matou pelo menos 70 pessoas e deixou outras 100 feridas.

O Eagles Of Death Metal está escalado para se apresentar na próxima edição do Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, dia 12 de março de 2016.

Saiba mais sobre a tragédia em Paris:

O grupo jihadista Estado Islâmico divulgou neste sábado, 14, um comunicado no qual reivindica a autoria dos atentados em série que atingiram Paris, a capital da França, na noite de sexta, 13, deixando 129 mortos e ferindo mais de 352 pessoas. Este já é considerado o segundo maior ataque terrorista contra civis na história da Europa. As informações são de agências internacionais como CNN e AP.

No texto, enviado ao jornal Le Monde, o Estado Islâmico afirma que "os ataques são apenas o começo da tempestade". Veja a nota abaixo:

"Oito irmãos carregando coletes suicidas e armas automáticas alvejaram áreas no coração da capital francesa que foram especificadamente escolhidas antes: o Stade de France durante uma partida contra a Alemanha na qual François Hollande estaria presente; o Bataclan, onde centenas de idólatras estariam juntos em uma festa da perversidade; além de outros alvos no 10º, no 11º e no 18º arrondissements. A França e todos aqueles que seguem seu caminho devem saber que permanecem o principal alvo do Estado Islâmico. Alá lançou o terror contra seu coração. Paris é a capital da abominação e da perversão. Paris tremeu sob os pés dos terroristas. Este não é nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões".

O comunicado, que tem um tom ameaçador, veio à tona alguns minutos após o presidente da França, François Hollande, afirmar que o grupo é o culpado pelos ataques. "É um ato de guerra que foi cometido por um exército terrorista, um exército jihadista contra a França. É um ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior, com cumplicidade de dentro da França."

François Hollande prometeu, em comunicado à nação, uma resposta "rápida e implacável" aos atos de terror e decretou três dias de luto nacional.

Este foi um de uma série de casos de terror registrados na mesma noite na capital francesa. Durante partida amistosa entre França e Alemanha, no Stade de France, barulhos de explosões fizeram com que o presidente nacional François Hollande fosse retirado às pressas do local. Atentados também teriam ocorrido nas proximidades do estádio, na periferia da cidade, e em dois restaurantes na região da casa de shows.

Hollande, que prometeu reagir ao ataque "sem piedade", deu uma declaração anunciando que o país está em estado de emergência pela primeira vez depois de dez anos – da última vez, por conta de distúrbios em bairros do subúrbio de Paris - e que as fronteiras foram temporariamente fechadas. A prefeitura de Paris aconselhou as pessoas a não saírem de casa. A Folha de S.Paulo publicou informações do Itamaraty de que dois brasileiros estariam entre os feridos. “Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês”, escreveu pelo Twitter a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

“A França é nossa mais antiga aliada. O povo francês manteve-se ombro a ombro com os Estados Unidos inúmeras vezes. Queremos deixar bem claro que permanecemos com eles na luta contra o terrorismo e o extremismo”, disse Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.