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Governo recomenda adiar gravidez por agressividade de variantes de Covid-19

Em coletiva de imprensa nesta sexta, 16, o secretário Raphael Câmara falou sobre gravidade das variantes brasileiras em gestantes

Redação Publicado em 16/04/2021, às 15h47

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Ministério da Saúde recomendou que mulheres adiem a gravidez (Foto: Ian Waldie/Getty Images)
Ministério da Saúde recomendou que mulheres adiem a gravidez (Foto: Ian Waldie/Getty Images)

Em meio ao auge da pandemia no Brasil, o Ministério da Saúde recomendou que mulheres adiem a gravidez. Em entrevista coletiva nesta sexta,16, Raphael Câmara, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, declarou que variantes brasileiras da Covid-19 estão se apresentando mais agressivas com gestantes. As informações são da Folha de São Paulo.

O secretário não mostrou dados sobre a agressividade das variantes nas gestantes, mas explicou que o Ministério da Saúde está trabalhando para investigar: “Estudo nacional ou internacional não temos, mas a visão clínica de especialistas mostra que a variante nova tem ação mais agressiva nas grávidas. Antes, [a gravidade] estava ligada ao final da gravidez, mas, agora, vê uma evolução mais grave no segundo trimestre e até no primeiro trimestre.”

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Por isso, Câmara explicou que a recomendação é o adiamento da gravidez para depois da pandemia, assim como foi sugerido durante a epidemia de zika no Brasil: “Caso possível, postergar um pouco a gravidez para um melhor momento para que você possa ter a gravidez mais tranquila. É lógico que a gente não pode falar isso para quem tem 42, 43 anos, mas para uma mulher jovem que pode esperar um pouco, o mais indicado é esperar um pouco.”

Durante a entrevista, o secretário também anunciou a criação de portaria que destina mais de R$ 247 milhões para apoiar estados e municípios na implementação de ações para apoiar gestantes.

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Atualmente, apenas gestantes com comorbidades estão na campanha nacional de vacinação contra Covid-19. No entanto, o secretário informou que o Ministério da Saúde pretende incluir grávidas e puérpera, independente de outros fatores de risco, na imunização.

“Especialistas do Brasil pedem com bastante força que todas entrem. Nós estamos em tratativas avançadas, mas é importante lembrar que a gestação é um período trombótico. A gente tem que ter muito cuidado porque algumas vacinas, mesmo de forma muito rara, têm mostrado efeito colateral nesse sentido. Qualquer recomendação tem que ser feita com muito cuidado, muita técnica para não errar,” disse Câmara.

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Segundo reportagem da Folha publicada na quarta,14, houve um salto de mortes maternas por Covid-19 em 2021. Contudo, o motivo principal não seria a agressividade de variantes, mas a falta de assistência.

Dados publicados pela Folha são do observatório obstétrico OOBr Covid-19, e mostram que 22,6% de gestantes e puérperas mortas por Covid-19 não tiveram acesso à UTI. A porcentagem é de 33,3% que não foram intubadas nos hospitais. 


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