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Grammy 2017: Veja como foram as apresentações da cerimônia

Redação Publicado em 13/02/2017, às 03h35 - Atualizado às 05h12

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Grammy 2017 - performances - abre - AP/Montagem
Grammy 2017 - performances - abre - AP/Montagem

Aconteceu no último domingo, 12, a 59ª cerimônia do prêmio Grammy de 2017. Apresentado pelo ator e comediante James Corden, o evento foi realizado em Los Angeles, Califórnia, no Staples Center, e contou com uma série de performances por alguns dos músicos celebrados na noite.



Além dos momentos estonteantes de Beyoncé, Chance the Rapper, Sturgill Simpson, Adele e A Tribe Called Quest, por exemplo, houve homenagens a Prince, George Michael e Bee Gees e números de Bruno Mars, Metallica com Lady Gaga, Katy Perry... Veja a seguir.


Adele

A primeira performance do Grammy 2017 foi uma espécie de redenção. Adele, que teve uma apresentação atrapalhada na cerimônia do ano anterior, conduziu os vocais do megahit “Hello” – vastamente premiado na noite – com destreza e segurança, fazendo ecoar os gritos que marcam a canção por todo o Staples Center.


Daft Punk com The Weeknd

A dupla do Daft Punk entrou no palco inconfundivelmente com capacetes e ternos pretos, decorados com acabamentos dourados. Weeknd subiu ao palco para acompanhá-los na performance de “I Feel it Coming”. Lançada pelo cantor em Starboy, a faixa mistura a abordagem dançante com um tom romântico, enquanto Weeknd repetiu o título da canção nos refrãos.


Keith Urban com Carrie Underwood

Keith Urban apareceu sozinho, com uma guitarra, no palco do Staples Center. À frente de uma parede onde projeções deram um clima futurista à performance, ele foi acompanhado por uma animada Carrie Underwood, que dividiu os microfones durante “The Fighter”, faixa de country com pegada pop, colaboração entre eles.


Ed Sheeran

Ed Sheeran entrou em cena sozinho, com um violão, pedais e um teclado. Vestido casualmente com uma camiseta preta, calças jeans e tênis, ele foi gravando e reproduzindo sons ao vivo para fazer a base de “Shape of You”, um dos recentes singles do disco Divide (2017). Desenvolto e tecnicamente preciso, o britânico praticamente recriou a canção pop no palco do Grammy.


Kelsea Ballerini com Lukas Graham

Outra cantora de country com pegada pop, Kelsea Ballerini se juntou a Lukas Graham para uma performance que mesclou as canções “Peter Pan”, dela, e “7 Years”, dele. A dupla pouco se movimentou, mas a performance foi ficando mais intensa conforme as músicas foram se mesclando e Graham foi distribuindo agudos com facilidade.


Beyoncé

Com um vestido inteiro brilhante e uma coroa dourada, Beyoncé entrou no palco exibindo a barriga marcada pela gravidez recém-anunciada de gêmeos. A cantora misturou elementos visuais lúdicos ao som de alguns versos incluídos no filme do disco Lemonade (2016). Introduzida pela mãe, Tina Knowles, ela abordou a relação maternal pela poesia – “Your mother is a woman and women like her cannot be contained. Mother dearest, let me inherit the Earth” – e com a performance de “Love Drought”, depois ampliando o conceito para contemplar toda a família, na reconciliação sugerida por “Sandcastles”. Com um tom soturno e reflexivo, a apresentação foi extremamente elaborada, recheada de momentos desconfortavelmente sublimes – como quando ela ficou inclinada em uma cadeira em cima de uma mesa – e visualmente impressionantes.


Bruno Mars

Bruno Mars apostou no novo single de 24K Magic (2016) – que não concorreu à premiação em 2017, apenas em 2018 –, “That's What I Like”, para a apresentação do Grammy. Ele mostrou o lado mais romântico do funk/soul contemporâneo da sonoridade dele com blusa, calça e tênis esportivos e um palco com um proeminente triângulo vermelho. Mars chamou as mulheres para cantar junto ao fim da performance, em que ele deixou o palco para se aproximar do público.


Katy Perry

Apresentando o novo visual, com os cabelos coloridos loiros descoloridos, Katy Perry surgiu inteira de branco, incluindo blazer e tênis, mostrando o recém-lançado single dela, “Chained to the Rhythm”. Na agitada performance, o elaborado palco, com uma cerca e uma construção também brancos, recebeu projeções das mais diversas até que Katy foi acompanhada pelo neto de Bob Marley, Skip, que cantou e dançou com ela enquanto o palco era desmontado. O fim foi levemente político, com a citação à constituição norte-americana, exibindo a frase “We The People” atrás deles.


Gary Clark Jr. com Williams Bell

Espécie de patrono do blues nos últimos anos, Gary Clark Jr. subiu ao palco com sua guitarra e com o cantor Williams Bell para uma rápida performance de “Born Under a Bad Sign”. O guitarrista, claro, distribuiu alguns solos no Staples Center.


Maren Morris e Alicia Keys

Maren Morris levou ao Staples Center uma configuração de palco mais clássica, com uma banda completa – incluindo orquestra e backing vocals – a acompanhando, e cantou sozinha até receber a estonteante Alicia Keys para o resto da apresentação de “Once”.


Homenagem a George Michael

Adele voltou ao palco do Grammy para homenagear o falecido cantor George Michael. Depois dos primeiros instantes, ela começou aparentando estar nervosa e se atrapalhando, pedindo desculpas e recomeçando a performance do início, em um momento inesperadamente humano em meio às engessadas apresentações da cerimônia. Adele mostrou a envergadura vocal ao cantar uma versão de “Fastlove”, de Michael, acompanhada por uma orquestra e em arranjo delicado criado por Hans Zimmer. Ao contrário do tributo a Lady Gaga para David Bowie na premiação em 2016, a homenagem protagonizada por Adele – fã declarada do cantor – foi simples e ficou ainda mais tocante com projeções de fotos de Michael durante toda a vida.


Metallica com Lady Gaga

Muito fogo e uma Lady Gaga incandescida marcaram “Moth Into Flame”, apresentada pela cantora com a banda de heavy metal. A performance foi substancialmente atrapalhada por um problema no microfone de Jame Hetfield, que o deixou “mudo” por parte da canção e o obrigou a dividir de maneira desconfortável o microfone com Gaga. Diversas pessoas se juntaram aos artistas dançando em cima do palco e a cantora – vestindo uma camiseta do Metallica – acabou pulando no meio da plateia nos momentos finais.


Sturgill Simpson com Dap-Kings

No Grammy 2017, Sturgill Simpson não foi apenas um outsider ao concorrer em meio a diversos artistas com apelo pop na concorrida Álbum do Ano; dentro das próprias apresentações country ele foi uma exceção. Se todos os outros músicos do gênero mostraram vertentes consideravelmente mais pop e acessíveis, Simpson usou do violão cadenciadamente tocado e ao vozeirão grave na crescente performance de “All Around You”, abrilhantada com a presença da banda soul Dap-Kings, que já acompanhou as finadas Amy Winehouse e Sharon Jones.


Homenagem ao Bee Gees

O Bee Gees foi lembrado com uma dinâmica apresentação que uniu nomes como Demi Lovato (que cantou “Stayin' Alive”), Tori Kelly (“Tragedy”), Little Big Town (“How Deep Is Your Love”) e Andra Day. Eles se revezaram no palco e cantaram juntos ao final, elevando a níveis inéditos os agudos da noite sob os olhares do vocalista remanescente do trio original do Bee Gees, Barry Gibb, que assistia a tudo da plateia. O tributo marca os 40 anos de Os Embalos de Sábado à Noite, cuja trilha sonora ganhou o prêmio de Álbum do Ano em 1979.


A Tribe Called Quest com Anderson .Paak

O A Tribe Called Quest foi responsável pela apresentação mais politicamente engajada da cerimônia. O lendário grupo de hip-hop dedicou as performances ao falecido integrante do grupo, Phife Dawg, e teve a companhia de Anderson .Paak – que tocou bateria e cantou a parceria deles do disco de retorno do ATCQ, We Got It from Here... Thank You 4 Your Service (2016), “Moving Backwards” –, Consequence e Busta Rhymes. Eles abriram com “Award Tour”, de 1993, e Q-Tip fazendo uma citação a “Can I Kick It”, de 1990, e encerraram com o hino anti-Trump “We The People”. “Só queria agradecer ao Presidente Agente Laranja por perpetuar todo o mal que você tem perpetuado pelos Estados Unidos”, disse Rhymes, referindo-se a Donald Trump e ao recente decreto “anti-muçulmano” do presidente norte-americano. Houve ainda o momento de ouvir a reprodução mecânica dos versos de Dawg com os punhos cerrados, diversos imigrantes entrando em cena e o encerramento com Q-Tip gritando: “Resista!”.


Homenagem a Prince

The Time e suas dancinhas sincronizadas abriram a homenagem a Prince. A banda, frequente colaboradora do cantor, que morreu em abril de 2016, nos anos 1980, apresentou “The Bird” e “Jungle Love” e deixou o palco para Bruno Mars. Ele entrou enquanto o símbolo de Prince era exibido com luzes e vestiu um blazer púrpura brilhante para apresentar “Let's Go Grazy”. Com muita energia e evocando danças da plateia, ele ainda honrou o artista com um solo em uma guitarra cujo modelo remeteu à era Purple Rain de Prince.


Chance the Rapper

Um dos queridinhos do Grammy 2017 – e rapper sensação de 2016 –, Chance the Rapper subiu ao palco pela terceira vez na noite para apresentar um medley com citações a diversas faixas da mixtape Coloring Book (2016). Ele teve a companhia de Francis and the Lights, dos cantores gospel Kirk Franklin e Tamela Mann, de um coral e uma orquestra nas emocionantes, espirituais e intensas performances de How Great” e “All We Got”, com trechos de “No Problem” e “Blessings”. Chance se vestiu casualmente e usou o inconfundível boné com o número 3, guiando de maneira inspirada a apresentação que começou minimalista e acabou explosiva, entre citações a deus, a pesada influência da música gospel e os habilidosos versos do rapper.


John Legend e Cynthia Erivo

O duo se reuniu brevemente para trocar versos de “God Only Knows”, clássico dos Beach Boys lançado em Pet Sounds (1966). A performance puxou os tributos aos músicos que morreram no último ano, entre eles os já homenageados David Bowie, Prince, George Michael, além de nomes como Leonard Cohen e o produtor dos Beatles, George Martin.