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Gravação rara de coletiva de imprensa com os Beatles será leiloada

Na ocasião, jornalistas bombardearam a banda com perguntas sobre o "mais popular que Jesus" - comentário feito por John Lennon meses antes

Da redação Publicado em 12/05/2010, às 14h05

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A gravação de uma coletiva de imprensa com os Beatles, realizada em 17 de agosto de 1966, no Canadá, será leiloada. Um dos assuntos mais discutidos na ocasião foi o comentário de John Lennon sobre a popularidade dos Beatles ser maior que a de Jesus - feito meses antes. Segundo a casa Bonhams & Butterfields, trata-se do único registro conhecido deste evento. Vale lembrar que não se trata da famosa coletiva de imprensa realizada em Chicago, no mesmo mês.

A casa de leilões afirmou que a gravação em fita mostra uma série de perguntas feitas pelos jornalistas presentes a respeito da entrevista de John Lennon ao The Evening Standard, em março do mesmo ano, em que ele disse: "O cristianismo irá desaparecer. Vai diminuir e encolher. (...) Hoje nós [Beatles] somos mais populares que Jesus. Não sei quem vai desaparecer primeiro, o rock'n'roll ou o cristianismo."

O item, com duração de 14 minutos, pode chegar ao valor de US$ 20 mil dólares, em leilão que será realizado no dia 13 de junho. O registro apresenta também uma brincadeira entre Lennon e Paul McCartney sobre quanto tempo os Beatles permaneceriam juntos. "Nós, obviamente, não vamos andar por aí de mãos dadas para sempre", disse Lennon. "Seria um pouco vergonhoso aos 35 [anos]", complementou McCartney.

Apesar de ter sido um evento intensamente noticiado pela imprensa da época, a existência de registros de imagem e áudio era desconhecida. "Nós sabemos o que eles disseram naquele dia. Acabamos nunca ouvindo", disse à agência Reuters Margaret Barrett, diretora da Bonhams & Butterfields.

De acordo com ela, a gravação foi feita por um fotógrafo que era fã da banda. "Ele tentou vendê-las em 1966, mas ninguém pensou que eram importantes", disse Barrett. Segundo informações divulgadas na Reuters, as duas bobinas permaneceram guardadas em uma gaveta durante quatro décadas.