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Gregório Duvivier pensa em sair do Brasil após ataque terrorista ao Porta dos Fundos

Além disso, o humorista só sai de casa com seguranças e carro blindado

Redação Publicado em 31/01/2020, às 17h59

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Fábio Porchat e Gregório Duvivier em A Primeira Tentação de Cristo (Foto: Reprodução)
Fábio Porchat e Gregório Duvivier em A Primeira Tentação de Cristo (Foto: Reprodução)

Gregório Duvivier, que interpreta o Jesus Gay no especial de natal do Porta dos Fundos para a Netflix, revelou em uma entrevista à AFP que pensa em sair do Brasil após o ataque com coquetéis molotov, na madrugada de 24 de dezembro, na sede da produtora na zona sul do Rio de Janeiro.

Além disso, o humorista disse que está "com vontade ainda maior de lutar" após o ocorrido e que a liberdade dele era "inegociável". 

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Logo após o especial A primeira tentação de Cristo, o Porta dos Fundos foi alvo de várias críticas, principalmente de grupos religiosos e movimentos conservadores. Pelo menos sete igrejas se sentiram ofendidas com o especial natalino e moveram ações judiciais contra a Netflix pelo lançamento da produção.

"Fiquei muito assustado porque a imagem é assustadora mesmo. O vigia que estava lá sofreu sério risco de ter morrido. Nesse momento, você se diz: talvez seja o momento de sair do país. Estão tentando colocar fogo na minha empresa. Por outro lado, também dá aquela vontade ainda maior de lutar Você se sente ameaçado?", contou sobre o ataque. 

Ele continuou: "As ameaças são constantes, e não vêm apenas de pessoas anônimas. Há inclusive congressistas que falam, no Congresso... Tem sujeito berrando: a justiça não se faz só no céu, se faz também na Terra. São ameaças veladas, não ameaças de morte. Se chegar um momento em que eu sentir de fato que as ameaças são serias e algo pode acontecer, vou sair daqui, não faz sentido."

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Ainda, Gregório pontuou que: "O momento já está bastante inconfortável, estou só ando com segurança e carro blindado, por decisão da Viacom (acionista majoritária do Porta dos Fundos). É uma coisa constrangedora, cerceia a liberdade, mas por outro lado se estão propiciando isso para gente, temos que aproveitar essa estrutura de proteção."


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