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Gui Boratto quer saber: "Por que sou só DJ e não músico também?"

Paulistano, primeira atração do Skol Sensation, põe em xeque projeto de lei que propõe a obrigação de diploma para quem quiser assumir as pick-ups

Por Anna Virginia Balloussier Publicado em 05/04/2009, às 15h53

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Na sala improvisada para coletiva de imprensa, mal dava para escutar um pio. Não por culpa de bico fechado por parte dos astros da primeira edição brasileira do Skol Sensation, realizada neste sábado, 4. O problema estava no tum-ti-tum intenso, que contaminava cada naco no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

O paulistano Gui Boratto deu chá de cadeira nos jornalistas: queria acabar o cigarrinho. Quando enfim entrou, explicou o porquê de ter preferido abrir o megaevento de música eletrônica - inicialmente, ele tinha sido escalado para fechar a noite. "Meu som é mais lento, preferi assim. Daí aproveito para curtir a noite, ver qual é o lance de tecnologia" - a promessa do blocão eletro era, afinal, inovar em termos de pirotecnia, com canhões de luz e feixes de laser a 220km/h.

Boratto acabou de voltar de Miami e, nesta terça, 7, engata shows em Seattle, Denver e São Francisco, nos Estados Unidos. O braço norte-americano da turnê se encerra 17 de abril no festival californiano Coachella, no qual se apresentará no mesmo dia que Franz Ferdinand, Leonard Cohen e Girl Talk. O responsável pelos discos internacionalmente aclamados Chromophobia (2007) e Take My Breath Away (2009) não teve receio ao afirmar que, de cara, o Skol Beats - "na época em que era no Interlagos, lembra?" - o fazia se sentir mais confortável. "Era algo menor, dava para ter mais controle."

Mas ele garante que a experiência no Skol Sensation foi positiva - embora tenha assinalado que os eventos do gênero da Europa "são feitos mais por artistas do que por agências de publicidade".

Em reposta à Rolling Stone Brasil, quando questionado sobre a proposta de lei que pode obrigar DJs a ter diploma especial, foi enfático. "Por que sou só DJ e não músico também? O cara usa as máquinas dele; eu, as minhas. Nesse ponto, justamente para manter o controle de qualidade e garantir direitos, já existe a OMB (Ordem dos Músicos do Brasil). O importante é unificar os dois lados, e não criar algo novo".