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Guitarrista Marcão diz que Champignon estava com dificuldade para aceitar críticas à formação do grupo A Banca

"A verdade é que deve ter sido aqueles cinco minutos de fúria, que ele perdeu o controle, ou por um motivo ou por vários", disse o músico

Redação Publicado em 10/09/2013, às 11h54 - Atualizado às 12h31

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Champignon - Rogério Motoda
Champignon - Rogério Motoda

O guitarrista Marcão, colega de Champignon no Charlie Brown Jr. e na nova banda deles, A Banca, contou em entrevista ao portal UOL que o amigo estava chateado com as críticas que A Banca vinha sofrendo. O grupo foi formado pelos ex-integrantes do Charlie Brown Jr. após a morte de Chorão por overdose, há seis meses.

10 grandes músicas com o baixo marcante de Champignon no Charlie Brown Jr.

"A gente sabia que iria ser cobrado, que ele principalmente iria sofrer uma pressão muito grande, até porque todo mundo continuou a fazer sua função como músico e ele não”, disse – Champignon assumiu os vocais, função que era de Chorão, e contratou Lena Papini para ficar no baixo. “Ele foi pra frente, largar o baixo foi uma atitude extremamente corajosa e olha que ele amava aquele baixo. E, por isso, ele deve ter tido seus momentos difíceis com relação às criticas dessa nova situação", completou, dizendo ainda que o choque da morte do colega é ainda maior por ele sempre ter sido "um cara muito alto astral, um cara muito bom, um cara muito divertido".

Relembre momentos da vida de Champignon.

Segundo Marcão, uma atitude drástica como a de tirar a própria vida não passava pela cabeça de Champignon, que além de tudo ainda tinha que lidar com a perda do amigo. "Não dava para passar pela cabeça imaginar isso e acredito que nem da dele. A verdade é que deve ter sido aqueles cinco minutos de fúria, que ele perdeu o controle, ou por um motivo ou por vários", declarou. "É importante as pessoas tomarem muito cuidado com todas essas informações para que não se determine em vão que isso possa ter sido a causa, porque pra mim tudo isso é muito complexo, ninguém aqui tem o direito de teorizar [sobre] aquilo que não se tem certeza, então vou me limitar a isso que eu falei, mas não deixo de observar que os problemas que ele estava enfrentando são problemas comuns que todo mundo tem um pouco".

Vivendo no limite e buscando incessantemente respostas, Chorão alcançou o sucesso, colecionou fãs e propagou mensagens. Mas nada foi suficiente para que ele conseguisse salvar a si próprio.

A empresária das duas bandas, Samantha Jesus, também afirmou que o músico estava tendo dificuldade em lidar com as críticas. "Ele já mostrava um descontentamento, mas nada que chegasse a esse ponto. Estava se sentindo muito pressionado pelas coisas que todos diziam, a comparação com o Chorão feita por vários fãs, era muito visível que isto estava incomodando ele. Eu acredito que foi um pontinho que começou, mas nunca ninguém imaginava esse desfecho, até porque ele não tinha um comportamento depressivo".