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Guns N' Roses não deve opinar sobre política, acredita Duff McKagan

Para o baixista, já tem gente demais fazendo isso no meio artístico

Redação Publicado em 10/04/2019, às 20h01

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Duff McKagan (Foto: Thibaud Moritz / Abaca / Sipa USA (Sipa via AP Images)
Duff McKagan (Foto: Thibaud Moritz / Abaca / Sipa USA (Sipa via AP Images)

Com um crescimento de movimentos de direita, países do mundo inteiro veem suas populações e representantes divididos entre crenças políticas. Os artistas não ficam de fora disso. Em apresentações ou letras de música, dão sua opinião sobre política. Mas o Guns N’ Roses não vai traçar esse caminho, disse Duff McKagan.

O baixista da banda também trabalha como co autor das letras da banda, e garante que não pretendem seguir o caminho político - nem no Guns e nem em seu projeto solo. Para ele, um artista não tem necessariamente a responsabilidade de fazer críticas à sociedade.

“Existe uma linha tênue no Rock N’ Roll. Com Guns N’ Roses, se você ouvir, em "Paradise City", [dizemos] ‘Capitão América está com o coração partido’. Essa merda acontece há muito tempo! Na época nós éramos jovens, e ficávamos tipo ‘é, foda-se [o presidente]’. Eu ainda sou meio assim, mas eu não quero ser mais uma voz por aí, uma voz política dizendo ‘você deve pensar de tal jeito”, disse em coletiva na última quinta, 4, no Grammy Museum de Londres.

“F***-se isso - eu não sou só mais um idiota! Mas tenho meus princípios morais. Tenho experiência em me manter sóbrio e estar totalmente estragado, e em ver amigos meus morrerem. Muitos deles. Foi uma viagem louca. Se eu morresse amanhã, entraria na cova pensando ‘foi demais’. Mas eu não quero ser outra voz política. Já temos muitas dessas”, completou.

McKagan se prepara para lançar Tenderness, seu projeto solo. Uma das músicas, "Parkland", tem em sua pauta uma questão polêmica: tiroteios em escola. Nos EUA, onde o músico vive, a situação é frequente; nos últimos 20 anos, 221 mil jovens foram expostos a tiroteios em suas escolas, o que desencadeou diversos debates sobre proibição de armas de fogo. Mas, para ele, nem essa pauta envolve política.

“Eu estava vendo uma notócia na TV [sobre um ataque em Parkland]... Fiquei lá paralisado, só vendo. E comecei a tocar guitarra, e foi como uma marcha fúnebre. Então, comecei a citar Columbine e Sandy Hook, e Virgínia Tech, e Charleston Church [casos famosos de tiroteios em escolas]… ‘Nós temos que ver outra mãe chorar? Temos que ver outra criança morrer?’ E se isso é político, vocês podem ir se f****. Estou homenageando essas crianças”, disse.