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Há 20 anos, O Surto fazia versão excêntrica de Californication, do Red Hot Chili Peppers [FLASHBACK]

Banda cearense tocou no Rock in Rio de 2001 e deixou público confuso com a versão

Itaici Brunetti | @itaicibrunetti Publicado em 21/01/2021, às 15h00 - Atualizado às 17h13

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O Surto no Rock in Rio 2001 (reprodução/vídeo)
O Surto no Rock in Rio 2001 (reprodução/vídeo)

Em 21 de janeiro de 2001, há exatos 20 anos, a terceira edição do Rock in Rio era encerrada com um line-up de peso e jovial que contava com as bandas internacionais Red Hot Chili Peppers, Silverchair e Deftones, mais a brasiliense Capital Inicial e a cearense O Surto no Palco Mundo.

Os nomes escalados para tocar nesse dia eram sucessos absolutos nas rádios rock da época, principalmente o Red Hot Chili Peppers que estava "estourado" com o álbum Californication, de 1999, e com a música de mesmo nome que tinha um clipe em alta rotação na MTV em que os integrantes eram avatares de video-game.

+++LEIA MAIS: Carlinhos Brown relembra show polêmico no Rock in Rio 2001 [ENTREVISTA]

A novata O Surto também tinha um hit bombando nas rádios, "A Cera", aquele do refrão "Um rosto lindo e um sorriso encantador. E um jeitinho de falar que me pirou, que me pirou o cabeção". A canção, inclusive, foi tocada duas vezes no show do grupo no Rock in Rio.

No entanto, a banda surpreendeu mesmo quando resolveu homenagear o conjunto de Anthony Kiedis e Flea, que tocaria horas depois no mesmo palco, apresentando um cover inédito e, digamos, excêntrico da música "Californication", cantada pelo baixista Franklin Medeiros

Na versão em português de título "Triste, Mas Eu Não Me Queixo", os versos originais do Red Hot Chili Peppers viraram "Eu fui apartar a briga e tomei um murro 'nos queixo'. Entraram na minha casa e levaram meu Playstation. É tanta coisa ruim comigo, mas eu não me queixo". 

Obviamente, o público ficou confuso, meio sem reação, e o momento entrou para a história do Rock in Rio e do rock nacional. Relembre: 

+++LEIA MAIS: Há 20 anos, Guns N' Roses retornava aos palcos com inesquecível show ‘circense’


+++ PÉRICLES | MELHORES DE TODOS OS TEMPOS EM 1 MINUTO | ROLLING STONE BRASIL


+++MAIS SOBRE ROCK IN RIO: 5 apresentações icônicas do festival, de Queen a Cássia Eller

Queen, 1985

Impossível falar de apresentações icônicas do Rock in Rio e não mencionar o Queen. A banda se apresentou duas noites na primeira edição do festival, reunindo 250 mil pessoas em cada show. A apresentação, que contou com o talento incomparável de Freddie Mercury, é considerada uma das mais icônicas da carreira do grupo.


James Taylor, 1985

Também na primeira edição do Rock in Rio, James Taylor protagonizou um show que seria um divisor de águas na carreira dele. Na época, Taylor enfrentava problemas de vício e passava por uma dolorosa separação - e a recepção dos brasileiros foi uma reviravolta para o artista, que não lançava discos fazia quatro anos.

Após a apresentação, James Taylor se motivou para lançar novo álbuns - e o Rock in Rio foi homenageado no disco seguinte, lançado no mesmo ano, por meio da faixa "Only A Dream In Rio". 

+++LEIA MAIS: James Taylor diz que encontrou assassino de John Lennon um dia antes de sua morte


Cássia Eller, 2001

Com covers icônicos e hits clássicos, Cássia Eller protagonizou um dos shows mais enérgicos do Rock in Rio. A cantora, que morreu no final do mesmo ano, conseguiu embalar o público em uma apresentação épica. 


Guns N’ Roses, 1991

O show representou a primeira vinda da banda ao Brasil, e contou com músicas inéditas, como  "Civil War" e "You Could Be Mine". Além disso, a apresentação foi a estreia do tecladista Dizzy Reed e do baterista Matt Sorum.


Barão Vermelho, 1985

Mesmo com a ânsia do público pelos artistas estrangeiros, Barão Vermelho conseguiu conquistar o Rock in Rio. Segundo o Omelete, a banda tocou grandes hits, e o vocalista Cazuza  aproveitou a performance de "Pro Dia Nascer Feliz" para comentar a eleição de Tancredo Neves que aconteceu no mesmo dia.