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“Hoje você não pode explodir mais nada”, diz diretor sobre comparações entre O Ataque e o 11 de setembro

“Qualquer coisa que exploda se parece com aquilo”, explicou Roland Emmerich

Paulo Terron, de Cancun Publicado em 20/04/2013, às 12h10 - Atualizado em 10/06/2013, às 09h48

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O Ataque - Divulgação
O Ataque - Divulgação

Roland Emmerich é, possivelmente, o cineasta com mais experiência em destruir a Casa Branca, sede do governo norte-americano. De extraterrestres, em Independence Day, ao fim do mundo, em 2012, as formas de destruição usadas pelo diretor alemão são extremamente variadas. Em O Ataque, que estreia em 6 de setembro no Brasil, a ideia é mais realista: um grupo de terroristas invade o local e sequestra o presidente (Jamie Foxx), dando início a uma onda de destruição a ser vencida pelo personagem de Channing Tatum, um rejeitado pelo serviço secreto norte-americano.

Tão realista que uma ligação com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, em Nova York, são inevitáveis. “Qualquer coisa que exploda se parece com aquilo”, explicou Emmerich durante um evento de divulgação, em Cancun, no México. “Hoje você não pode explodir mais nada, porque todo mundo se lembra [do 11 de setembro]. Acho que precisamos ter o cuidado de não levar os filmes a sério demais.” E continuou, lembrando as recentes explosões durante a Maratona de Boston: “Esses eventos, como o que aconteceu em Boston, são trágicos demais até para se falar a respeito. Um filme deve ser divertido e entreter.”

Em O Ataque, entretanto, os inimigos estão bem mais próximos, como revelou Tatum. “Um dos meus filmes preferidos dos anos 80 era Amanhecer Violento, com um ataque estrangeiro [da Rússia invadindo os Estados Unidos]. Achei que seria algo assim. E não era, era sobre norte-americanos se voltando uns contra os outros. Pensei em como nosso país está dividido e esse é um assunto fresco.” Emmerich disse que a ideia essa mesmo. “Nesta história, a mensagem é sobre a divisão dos Estados Unidos [entre Republicanos e Democratas progressivamente mais radicais], como as pessoas estão cada vez mais afastadas e não agem de forma democrática mais porque estão tão distantes umas das outras.”