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"Imagens da série Making a Murderer foram manipuladas”, diz policial norte-americano

O xerife Robert Hermann afirma que há cortes propositais no novo programa documental da Netflix, levando o telespectador a conclusões distorcidas

Rolling Stone EUA Publicado em 05/01/2016, às 11h47 - Atualizado às 12h00

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Making a Murderer - Divulgação
Making a Murderer - Divulgação

Robert Hermann, xerife do Condado de Manitowoc, no estado de Wisconsin, está bastante insatisfeito com o conteúdo de Making a Murderer, nova série documental da Netflix. Hermann disse ao site The Wrap que imagens cruciais envolvendo Steven Avery – tema central do programa, nativo de Wisconsin e atualmente cumprindo prisão perpétua – foram “manipuladas”.

“Por conta de toda a mídia que o programa está atraindo, eu assisti com meu inspetor e reafirmo o que disse. Em diversas partes durante o programa, você que eles fazem cortes e manipulam as coisas. Uma parte bem evidente é uma das entrevistas com Steven Avery no episódio 5 – se você assistir a um vídeo, ele pula de 3:20 para 3:21, então para 3:17, e depois para 3:22 e para 3:18."

As críticas do xerife intensificam declarações feitas por ele ao site Herald Times Reporter antes de assistir à série. “Um documentário coloca as coisas em ordem cronológica e conta a história como ela é... ouvi dizer que as coisas estão distorcidas”, afirmou em 22 de dezembro, quatro dias depois da estreia de Making a Murderer na Netflix. “Eles tiraram coisas de contexto e tiraram elas da ordem em que ocorreram, o que pode levar as pessoas a ter uma opinião ou uma conclusão diferentes.”

A série mostra a história de Avery, que foi preso por agressão sexual por 18 anos antes de um novo exame de DNA ter levado à revisão do caso e à posterior libertação dele. Dois anos mais tarde, Avery foi acusado de estuprar e matar Teresa Halbach, tendo sido condenado à prisão perpétua em 2007. Making a Murderer apresenta a teoria de que Avery pode ter sido vítima do sistema legal de Wisconsin. Desde a estreia da série, surgiram diversas petições pedindo a libertação de Avery, que tem hoje 53 anos.

“Não estamos contentes com o modo como a série nos retratou”, Hermann contou ao The Wrap. “Percebemos que a família de Avery e os advogados dele estão em parceria com os produtores, e os advogados nos retrataram sob um ponto de vista negativo. Mas não há muito o que possamos fazer para mudar isso.”