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Inspirado no clássico Pet Sounds, dos Beach Boys, O Terno faz disco mais pop e mais experimental da carreira

“Acho que tem músicas mais pop e outras mais malucas do que qualquer coisa que já fizemos”, tenta explicar o vocalista e guitarrista, Tim Bernardes

Lucas Brêda Publicado em 07/08/2016, às 12h09 - Atualizado às 12h17

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D’Almeida, Bernardes e Basile (da esq. para a dir.), d’O Terno, querem ousar no estúdio - Divulgação
D’Almeida, Bernardes e Basile (da esq. para a dir.), d’O Terno, querem ousar no estúdio - Divulgação

Depois de estrear com uma sonoridade ainda consideravelmente presa às influências dos anos 1960/1970 – em 66, de 2012 – e de encontrar uma identidade própria com o segundo disco, autointitulado (2014), O Terno chega ao terceiro álbum se aprofundando no trabalho de estúdio e afrouxando os limites. “Acho que tem músicas mais pop e outras mais malucas do que qualquer coisa que já fizemos”, tenta explicar o vocalista e guitarrista, Tim Bernardes. O baterista, Biel Basile – que debuta em estúdio com o grupo neste álbum –, esclarece, em tom de brincadeira: “É como se tivéssemos alastrado as margens, então, na média, ficamos na mesma”.

Particularmente influenciado por Pet Sounds (1966), dos Beach Boys, o novo trabalho do Terno une o que há de mais direto no rock do trio com uma exploração mais lúdica. “É isso de construir uma música cheia de elementinhos formando um todo. Algo menos de power trio, mas que também não é big band nem orquestra”, analisa o vocalista. Toda essa teoria significa que, na prática, a banda acrescentou sopro (tocado por integrantes dos grupos Bixiga 70 e Charlie & Os Marretas), cordas (Felipe Pacheco, do Baleia) e harpa (Marina Mello), entre outros instrumentos. “No último disco já tínhamos feito isso de os três gravarem e depois colocarmos as outras coisas por cima”, diz Bernardes. “Só que agora foi em outro nível, além de vozes, piano e mais guitarras.”

Na turnê de divulgação de O Terno, o trio tocou exaustivamente – do festival Lollapalooza (São Paulo) ao Primavera Sound (Barcelona), passando pelo Vaca Amarela (Goiânia) – e algumas dessas experiências permeiam o som da banda. “Uma dessas coisas é que o Tim está mais nas teclas do que na guitarra, algo que começou a aparecer depois dos shows do Lóki?”, nota o baixista, Guilherme “Peixe” D’Almeida, referindo-se às apresentações com versões do clássico disco de 1974 do ex-Mutantes Arnaldo Baptista. Das performances em conjunto com o Boogarins, O Terno levou um pouco do teor psicodélico, abordado de maneira tímida anteriormente, e agora “desenvolvido em algo diferente”. “Está menos sintético e mais ‘orgânico-maluco’”, define Bernardes.