Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Integrante do grupo Pussy Riot começa greve de fome por causa de “condições de trabalho escravo”

Segundo Nadezhda Tolokonnikova, ela foi ameaçada de morte por agentes da prisão

Rolling Stone EUA Publicado em 23/09/2013, às 18h06 - Atualizado às 18h10

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nadezhda Tolokonnikova (Pussy Riot) - AP
Nadezhda Tolokonnikova (Pussy Riot) - AP

Nadezhda Tolokonnikova, integrante do grupo Pussy Riot, começou uma greve de fome para protestar contra o que ela descreveu como “condições de trabalho escravo” no centro russo onde está detida. A artista do punk rock disse também que sofreu ameaças de morte por parte de um agente da prisão, segundo informou a agência Reuters.

Galeria - Música versus religião: 15 clipes que retratam (e polemizam) os dogmas da igreja.

"A partir de 23 de setembro, vou fazer greve de fome e me recusar a participar do trabalho escravo da carceragem", escreveu Tolokonnikova em uma carta que foi distribuída por seu marido. Ela continuou: “Farei isso até que a administração comece a obedecer a lei e pare de tratar as mulheres presas como gado.”

Tolokonnikova e suas colegas de banda foram condenadas a dois anos de cadeia em agosto de 2012, depois de terem apresentado o que o grupo chama de “oração punk” dentro da principal catedral de Moscou para protestar contra o presidente Vladmir Putin. Ela afirma que as presas são obrigadas a trabalhar até 17 horas por dia costurando uniformes de polícia e que os agentes usam os presos mais antigos para manter um sistema de ordem dentro prisão que lembra os campos de trabalho da era soviética.

Ela diz que as condições também não estão dentro dos padrões de direitos humanos. "Suas mãos são furadas pelas agulhas, ficam cobertas de arranhões, seu sangue fica espalhado pela sua mesa de trabalho, mas você continua costurando.”

Tolokonnikova também afirmou que pediu ao braço regional do Comitê Federal de Investigação para ir atrás de um agente prisional que disse a ela: “Você certamente nunca mais vai se sentir mal porque as coisas nunca são ruins no outro mundo”, depois que Tolokonnikova reclamou das condições. Ela e Maria Alyokhina, outra integrante do Pussy Riot, devem ser libertadas em março. Yekaterina Samutsevich, terceiro membro do grupo, foi libertada ano passado.