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Oscar 2013: clássico de Victor Hugo Os Miseráveis chega aos cinemas brasileiros

Filme, que estreia nesta sexta, 1, concorre a oito estatuetas no Oscar

Paulo Cavalcanti Publicado em 01/02/2013, às 15h24 - Atualizado em 19/02/2013, às 13h02

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Hugh Jackman - Os miseráveis - Divulgação
Hugh Jackman - Os miseráveis - Divulgação

O musical Os Miseráveis, baseado na obra escrita em 1862 pelo francês Victor Hugo, estreou em setembro de 1980 na França com música de Claude-Michel Schönberg e letras em francês de Alain Boublil e Jean-Marc Natel. Foi adaptado para o inglês por Herbert Kretzmer. Em 1985, depois da França, a história começou sua rota de enorme sucesso, quando o produtor Cameron Mackintosh levou a história para a região de teatros de West End, na Inglaterra. A peça estreou posteriormente na Broadway e começou a rodar o mundo. É o terceiro musical mais assistido de todos os tempos – só perde para O Fantasma da Ópera e Cats, também produzidos por Mackintosh.

Um sucesso como esse não poderia deixar de ganhar uma versão moderna em filme. Esta adaptação para a tela grande (nos cinemas brasileiros a partir desta sexta, 1), que há muito tempo vinha sendo gestada, foi dirigida por Tom Hooper (O Discurso do Rei). Os Miseráveis se passa na França pós-revolução. É a história de Jean Valjean (Hugh Jackman), que fica quase 20 anos preso por roubar um pedaço de pão. Em 1815, sob o olhar vigilante do obcecado Inspetor Javert (Russell Crowe), Valjean (ou prisioneiro 24601) ganha a liberdade condicional, mas não consegue emprego em lugar nenhum. Um dia, depois de ser acolhido pelo Bispo de Digne (Colm Wilkinson, que viveu o primeiro Jean Valjean na Broadway e na Inglaterra), Valjean rouba a prataria da Igreja. É pego, mas é perdoado pelo Bispo. Arrependido do que fez, ele se converte e, usando uma nova identidade, se reinventa como industrial e prefeito de uma pequena cidade. Na fábrica da qual Valjean é dono, uma empregada chamada Fantine (Anne Hathaway) é demitida depois que o vingativo capataz descobre que ela manda dinheiro para a filha ilegítima. Desesperada por dinheiro, Fantine vira prostituta e adoece. Cheio de culpa, Valjean vai ao leito de morte de Fantine e promete a ela que vai cuidar da filha, Cosette.

Nesse meio tempo, Javert descobre que o bondoso prefeito é na verdade o fugitivo Valjean e sai atrás dele por todos os cantos da França. A perseguição dura quase duas décadas e no meio disso há a Revolução de 1832, organizada por estudantes e que pretendia destituir a monarquia na França e trazer mais igualdade social ao país.

Os Miseráveis dura 2h40 e é totalmente cantado. Para causar um maior impacto emocional e extrair o máximo dos atores, o diretor Hopper optou que todas as canções fossem interpretadas “ao vivo”, no momento da filmagem – não houve dublagem ou nada pré-gravado. São 50 canções, incluindo uma nova, chamada “Suddenly” (cantada por Jackman), escrita especialmente para o filme – certamente um truque para que o longa não ficasse de fora da categoria de Melhor Canção no Oscar.

Na trilha estão músicas bem conhecidas, como “I Dreamed a Dream” (interpretada por Anne Hathaway, que deve ganhar o Oscar de melhor atriz coadjuvante), “Master of The House” (a parte cômica do filme, a cargo de Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter), “Stars” (Crowe), "Bring Him Home" (Jackman), “On My Own” (Samanta Barks), “Do You Hear The People Sing” (parte do elenco) e outros. Emotiva, pesada e com uma bela cinematografia, essa adaptação deOs Miseráveis certamente não vai desapontar quem viu a versão teatral.