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Juliana Kehl reforma carreira musical com Lua Full, disco direto e empoderado

Álbum saiu nos primeiros dias do ano, dando sucessão ao debute de 2010 e com produção de Luiz Chagas e Gustavo Ruiz

Lucas Brêda Publicado em 20/01/2017, às 19h09 - Atualizado às 19h30

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Juliana Kehl - Divulgação
Juliana Kehl - Divulgação

Já faz cerca de sete anos desde que Juliana Kehl apareceu, com o disco autointitulado (2010), mas a cantora se afastou da música e, a esta altura, pelo menos para o público, um retorno era improvável. “Eu acho que foi no fim de 2014 que eu voltei a pensar em música, consegui me reestruturar, minhas filhas estavam maiores e foi um processo natural, porque comecei a compor”, diz ela, contemplando o período posterior à gravidez delicada de gêmeas (hoje com quatro anos de idade) e ao término do casamento, que a fizeram deixar a carreira musical de lado.

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A volta de Juliana aos microfones se dá na forma de Lua Full, disco lançado nos primeiros dias do ano e que deixa no passado os sambas de Juliana Kehl. “A minha prerrogativa foi: quero um disco mais orgânico, menos pós-produzido, mais pop, que comunique diretamente e seja mais assimilado”, conta Juliana, que lança o trabalho com show no Sesc Pompeia, na sexta, 20. “Meu primeiro disco é um pouco mais experimental e ele se tornou um pouco mais difícil, foi uma necessidade minha de comunicação.”

Juliana convocou pai e irmão – ambos guitarristas – de Tulipa Ruiz, Luiz Chagas e Gustavo Ruiz, para ajudá-la na produção. O resultado é um pop melódico e imediato, de guitarra, baixo, bateria e sopro, suficientemente distante dos cavaquinhos, violões e percussões do antecessor. Ela compõe com Marcelo Jeneci, Maria Rita Kehl (psicanalista, escritora e irmã da cantora) e Serena Assumpção (que morreu no ano passado e foi homenageada no nome do disco) e canta com Thiago Pethit. Além das faixas autorais, Juliana faz versões de “Desterro”, de Reginaldo Rossi, e “Anoiteceu”, de Zé Pi, Mauricio Fleury, Leo Cavalcanti e Tatá Aeroplano.

Lua Full chega para retomar uma carreira prematuramente interrompida, mas também para solidificar o momento de segurança e empoderamento pessoal. “Eu sempre fui condescendente com o machismo, que eu observo desde a minha infância e, com esses movimentos da internet, aconteceu uma tomada de consciência”, explica, citando as campanhas das redes sociais “Meu Amigo Secreto” e “Agora É Que São Elas”. “[No disco, este assunto] Está diluído, em alguns momentos é mais implícito e, em outros, mais explícito. Mas é o subtexto de tudo.”

Ouça a íntegra de Lua Full abaixo.

Juliana Kehl no Sesc Pompeia

20 de janeiro (sexta-feira), às 21h

Teatro do Sesc Pompeia | Rua Clélia, 93 - Pompeia

Ingressos: R$ 20 (há meia-entrada)