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Keith Richards faz tributo a Chuck Berry: “Ele é rock and roll na pura essência da coisa”

O maior fã – e saco de pancadas ocasional – do guitarrista explica como Berry inovou dentro do gênero musical

Redação/Rolling Stone EUA Publicado em 04/04/2017, às 11h44 - Atualizado às 13h20

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Gigantes da guitarra: Keith Richards bate papo com Chuck Berry, um de seus ídolos, no lendário clube nova-iorquino Studio 54, em 28 de fevereiro de 1980 - AP
Gigantes da guitarra: Keith Richards bate papo com Chuck Berry, um de seus ídolos, no lendário clube nova-iorquino Studio 54, em 28 de fevereiro de 1980 - AP

Após a morte de Chuck Berry em março, Keith Richards faz um tributo ao ícone do rock and roll para a Rolling Stone EUA.

No relato, o guitarrista dos Rolling Stones conta da vez em que Chuck Berry lhe deu um soco na cara. “Nós vimos ele tocar em algum lugar em Nova York, e depois eu estava nos bastidores no camarim dele, onde a guitarra dele estava guardada na case. Eu queria olhar, por conta de interesse pessoal, e quando eu estava dedilhando as cordas, Chuck entrou e me deu uma pancada no olho esquerdo.” Essa não foi a única vez que Berry fez algo do tipo: “Ele fazia coisas como me jogar para fora do palco, também. Eu sempre encarei isso como um elogio inverso, meio que como um sinal de respeito – porque se não ele não se incomodaria comigo”.

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No entanto, segundo Richards, Berry tinha um outro lado. “Ele era um pouco irritável, mas ao mesmo tempo havia um cara muito caloroso por trás disso, que ele não gostava de demonstrar”, diz o guitarrista. Além disso, ele ressaltou a importância de Berry para a música: “Chuck é o avô de todos nós. Mesmo se você é um guitarrista de rock que não o consideraria sua principal influência, a sua principal influência de fato provavelmente é influenciada por Chuck Berry. Ele é rock and roll na pura essência da coisa”.

Como exemplos das grandes habilidades líricas de Berry, Richards cita “Too Much Monkey Business”, “Jo Jo Gunne”, “School Days”, “Back in the U.S.A.” e aponta “Memphis, Tennessee” como “intocável”. Sobre a última, ainda afirma que a canção “tem uma beleza própria, uma ternura intrigante”.

“Como um guitarrista de rock and roll insurgente, a música dele te soprava para outra estratosfera. Há uma certa era de ouro para a música de Chuck. Quando ele estava na Chess [Records], ele estava tocando no melhor estúdio, com os instrumentistas certos, com Willie Dixon por trás de tudo. Eu sempre volto à palavra ‘exuberante’ quando eu escuto aqueles discos. Eram atordoantes de todas as maneiras – a produção, o som, a pura energia deles. Depois daquilo, ele sempre pareceu para mim estar meio que em busca de algo. E cumprir pena na cadeia não ajudou. Ele saiu de lá um homem diferente.”

“Ele era incrivelmente versátil na música. Ele tocava de tudo”, Richards continua, apontando as influências de Berry que vieram desde o jazz até o country. “A música dele é uma mistura incrível da América”. Sobre a morte do ídolo, Richards diz que “me atingiu com mais força do que eu esperava”. Leia a íntegra do relato no site da Rolling Stone EUA.