Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Kiko Dinucci prepara disco em que “faz as pazes” com o passado roqueiro

Cortes Curtos, primeiro álbum assinado sozinho pelo guitarrista de Metá Metá e Passo Torto, sai em fevereiro

Lucas Brêda Publicado em 30/01/2017, às 19h30 - Atualizado em 31/01/2017, às 16h06

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O guitarrista Kiko Dinucci (Metá Metá, Passo Torto) em performance solo no Red Bull Studio São Paulo - Felipe Gabriel/Divulgação
O guitarrista Kiko Dinucci (Metá Metá, Passo Torto) em performance solo no Red Bull Studio São Paulo - Felipe Gabriel/Divulgação

O multi-credenciado guitarrista Kiko Dinucci – integrante dos grupos Metá Metá e Passo Torto, além de ter tocado em obras como A Mulher do Fim do Mundo (Elza Soares, 2015) e Nó Na Orelha (Criolo, 2011) – vai enfim soltar o que é considerado seu primeiro disco de fato solo.

LEIA TAMBÉM

[Lista] MM3, do Metá Metá, foi um dos melhores discos nacionais de 2016

[Arquivo] MM3 (2016), do Metá Metá, uniu influência marroquina e agressividade dos shows

Cortes Curtos tem lançamento previsto para fevereiro, dando sucessão a projetos como Na Boca dos Outros (2009), álbum de Dinucci em que outros artistas cantam músicas dele. “Tem discos com meu nome, mas sempre em parceria ou algo assim”, disse ele, em entrevista à RS Brasil. “Produzi e tomei as decisões, além de cantar em todas as faixas, então esse é mais ‘solo’ mesmo.”

Dinucci gravou as 15 faixas (menos de 40 minutos) do álbum no estúdio da Red Bull em São Paulo, entre três e cinco dias, em setembro de 2015. Ele foi acompanhado por Sérgio Machado (bateria) e Marcelo Cabral (baixo e teclado) – que tocarão nos shows do projeto –, com contribuições de Juçara Marçal, Guilherme Held, Thiago França, Tulipa Ruiz, Ná Ozzetti e Rodrigo Campos, entre outros.

Conceitualmente, Cortes Curtos funciona como um retrato da cidade de São Paulo, em contos estritamente urbanos que unem a abordagem do samba com guitarras distorcidas e riffs duros. O trabalho aproxima do punk e do pós-punk a estética do samba sujo que ficou conhecida dos discos anteriores em que Dinucci participou.

“Estava ouvindo muito protopunk, Stooges, MC5, Velvet Underground, Lou Reed, David Bowie, e ficava pensando: ‘Porra, vou fazer assim: a crônica do samba com a sonoridade punk, mas que seja mais puxado para o pós-punk”, explica Dinucci, para quem Cortes Curtos é um “acerto de contas” com o passado roqueiro dele.

Assista a vídeos com performances de duas músicas do primeiro álbum solo de Dinucci e, abaixo, a um documentário sobre o trabalho.