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Kiss e Mötley Crüe anunciam turnê conjunta

“Venham nos ver, vamos explodir coisas, ir para casa e comer sua namorada”, disse Gene Simmons

Steve Baltin Publicado em 21/03/2012, às 10h29 - Atualizado às 11h14

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Kiss e Mötley Crüe - AP
Kiss e Mötley Crüe - AP

O Kiss e o Mötley Crüe se reuniram nesta quarta, 21, no Roosevelt Hotel de Los Angeles, para anunciar a The Tour, uma excursão conjunta durante o verão norte-americano entre em 20 de julho em Bristow, Virgínia, e vai até 23 de setembro, em Hartford, Connecticut. Cada banda tocará mais ou menos 90 minutos e o Kiss fechará os shows.

Chamar a turnê de The Tour (A Turnê) é uma proclamação ousada. Mas após mais de 60 anos somados na estrada, os dois grupos se sentem confortáveis em cumprir as expectativas desse título. "Você vai gritar até sua cabeça não estar mais presa aos seus ombros e aí vai se sentir ótimo. Estará ensopado, exausto e completamente satisfeito sem nem mesmo ter que tocar em seu pênis", Gene Simmons disse à Rolling Stone EUA.

Mas Paul Stanley, também do Kiss, tem objetivos mais elevados. "O que esperamos, eu certamente espero, é que a gente ultrapasse as expectativas das pessoas, sejam lá quais forem elas", Stanley contou. "Eu quero que as pessoas esperem pela lenda sobre a qual ouviram falar e descubram que é melhor ainda do que isso. Acho que quanto mais tempo passamos na cena, mais invencíveis nos tornamos."

Essa é a primeira vez que as duas atrações compartilham um palco desde que o Motley Crüe abriu cinco shows do Kiss em 1982, há 30 anos. E embora a banda tenha se tornado depois disso um ícone do hard rock, os integrantes continuam sendo os mesmo fãs do Kiss que eram naquela época. O baterista Tommy Lee virou para o baterista do Kiss, Eric Singer, e perguntou: "Vocês vão tocar 'Firehouse'?'". Quando Singer disse que sim, porque Simmons ia cuspir fogo, a criança que existe dentro de Lee começou a tocar air drums. "Eu amo aquela música", ele disse, batento as mãos animadamente.

A admiração e o respeito são mútuos. "Sou um grande fã do Mötley Crue", Singer disse. "Sempre fui fã do Tommy e da banda, então acho que será bem legal."

Uma noite com Kiss e Mötley Crüe promete ser um absurdo, "Elvis depois de tomar esteróides", como chamaram na coletiva. "Eu quero que as pessoas vão embora dizendo ‘então, isso que é rock’", Stanley disse. "É perigoso, é livre, não é perfeito. Seja qual for o artista pop que você vê dançando pelo palco e fazendo playback, isso é uma enganação, não uma performance ao vivo. Se você quer karaokê, vá a um bar de karaokê."

Simmons disparou contra cantoras pop na coletiva dizendo: “Estamos de saco cheio de cantoras indo lá com bailarinos e fitas de karaokê como apoio. Nada dessa porcaria falsa. Deixe isso para Rihanna, Smhianna e qualquer uma que termine seu nome com ‘A’".

Nikki Sixx, baixista do Motley Crüe, não discordou, mas seguiu um caminho mais positivo, na esperança de que isso inspirasse fãs jovens a ver duas bandas que perseveraram nos bons e nos maus tempos. "O que gostaria de ver as pessoas levando disso tudo é que se você treina de verdade um instrumento e a composição de músicas e se esforça 100% nos seus shows e em todos os aspectos disso, das suas roupas às suas letras, se os seus cantores cantam, então é isso que acontece – você tem uma longa carreira e a chance de ir lá e fazer a coisa de verdade", ele disse. "É rock & roll de verdade."

Lee sugeriu que esses jovens vendo os dois grupos pela primeira vez ficarão sem palavras. "Eles vão ficar viajando, esses que nunca viram nenhuma das duas bandas", ele disse. "Vão sair de lá surtados. Eu sairia."

Era sempre o “rei das frases” Simmons, contudo, que resumia o que as pessoas podem esperar de uma noite com Mötley Crüe e Kiss. “Venham nos ver, vamos explodir coisas, ir para casa e comer sua namorada, é isso”, ele disse. É exatamente isso que esperamos.