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O que é real e o que é ficção em La Casa de Papel, série da Netflix?

A quarta parte da produção será lançada na Netflix em 3 de abril

Redação Publicado em 28/03/2020, às 15h00

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Atores de La Casa de Papel (Foto: Divulgação)
Atores de La Casa de Papel (Foto: Divulgação)

A quarta parte da icônica La Casa de Papel será lançada na Netflix no dia 3 de abril. A narrativa complexa e brilhante da produção é uma das justificativas para a popularidade e o questionamento recorrente: a série é baseada em fatos reais?

Houve um assalto real em Madri, na Casa da Moeda? Já existiu um planejador frio como o Professor? Alex Pina, criador da série, já detalhou o caráter fictício da produção - fato que não exclui referências importantes apresentadas ao público ao longo dos episódios.

Em entrevista ao Drama Quarterly, Pina e Esther Martinez Lobato, uma das roteiristas, explicaram o intuito da série: uma história honesta com ação e reviravoltas. Após o acordo fracassado com a rede de televisão espanhola Antena 3, a Netflix possibilitou novos scripts e um processo inteiramente orgânico.

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Segundo as informações do Screenrant, o roubo, personagens e a premissa de ter ladrões assumindo a Casa da Moeda Real na primeira parte da série são idéias originais criadas entre Pina e Lobato. Além disso, a intenção principal era fazer o público decidir quem está certo ou errado na narrativa.

“Todos os personagens são anti-heróis, antagonistas. Ao longo do desenvolvimento da trama, o público percebe que são muito relacionáveis. Assim, o público se vicia nos personagens devido à maneira como são desenvolvidos. Não há bom ou ruim; cabe ao público decidir. Levar o público de um lado do espectro moral para outro também marca o sucesso da série”, disse Pina.

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O criador de La Casa de Papel continuou: “Não queríamos algo entediante, portanto, buscamos dar razões para o público ficar conosco e continuar assistindo ao programa. É por isso que em cinco ou dez minutos, muitas coisas poderosas acontecem. Queríamos abrir a série e a trama”.

No entanto, algumas referências ao passado são percebidas ao longo da série, como a música "Bella Ciao". A canção italiana - uma das favoritas de Pina desde a infância - é do século 19 e foi cantada como uma forma de rebelião contra o fascismo. A faixa também é um símbolo da resistência na produção.

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De acordo com a Revista NSS, Pina considerou a escolha perfeita para destacar o tema de resistência do programa: “Sempre fez parte da trilha sonora da minha vida, me lembra a infância. Como o mundo inteiro sabe, é um hino de resistência - assim como na série. Desde que haja resistência, há esperança -  mesmo sem a menor esperança de saírem de lá. ”

Além disso, a série não foi criada sem referências cinematográficas. Diversos filmes influenciaram a produção de La Casa de Papel, como Cães de Aluguel(1992), de Quentin Tarantino. O longa reúne vários criminosos de carreira - todos estranhos usando pseudônimos - para fazer um assalto.

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Em La Casa de Papel,Lobato fez questão de acrescentar a perspectiva feminina com Tóquio, Nairóbi, inspetora Raquel e Alicia Sierra. O visual de Tóquio, por exemplo, foi inspirado por Mathilda, de O Profissional (1994), dirigido por Luc Besson.


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