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Lembranças de um fã: "Chorão era um maestro"

Fabiano P. D'Angelo, divulgador e fã, relembra a noite em que conheceu Chorão: "Fiquei boquiaberto com o que ele fez no palco"

Fabiano P. D'Angelo*/Especial para BR Press Publicado em 06/03/2013, às 19h18 - Atualizado em 07/03/2013, às 08h42

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Charlie Brown - Arquivo Pessoal/BR Press
Charlie Brown - Arquivo Pessoal/BR Press

(São Paulo, BR Press) - Lembro-me da primeira vez que tive a oportunidade de ficar frente a frente com Chorão. Estava trabalhando no SP Mix Festival, em 2005, onde o Charlie Brown Jr. se apresentaria.

Minha banda nacional única e preferida. Não escondia nem mesmo do pessoal da gravadora o quanto eu amava aquele som, aquela presença de palco incomparável do Chorão, que tinha qualquer público nas mãos o tempo todo. Era um maestro.

Chorão dividiu o público do Pacaembu pela primeira vez naquela noite em dois: à esquerda, gritavam Charlie, e à direita gritavam Brown. Isso tudo orquestrado em poucos minutos com seu carisma e sua bronca de general. Mesmo alguém lá do fundo tinha “medo” de fazer errado na hora que fosse pra valer.

Fiquei boquiaberto com o que ele realizou naquela noite e minha certeza só havia aumentado de que, sim, Chorão era o cara. Com suas letras cheias de amor, poesia e tudo o que a vida lhe ensinou, ele era único.

Bastidores

Hoje, lembro-me com carinho de todos os shows a que assisti, desde um dos primeiros em São Paulo, no Floresta, em 1997, pela 89 FM, até o último, que vi em cima do palco, pelo mesmo SP Mix Festival, em 2012.

Na porta do camarim, me senti um pouco inseguro em me encontrar com aquele rebelde que estava em cima do palco, e eu sabia que poderia correr o risco (na minha cabeça) de ele me expulsar de lá.

Mas naquele instante percebi que por trás daquele personagem marrento, Chorão escondia um cara dócil, gentil e receptivo. Cumprimentei, dei um abraço rápido e posei para a foto feliz da vida. Batemos um papo de minutos e sua última frase foi: “Cara, você é e sempre será benvindo em nosso camarim. As portas estão abertas. Valeu, irmão!”

Eu que te agradeço, Chorão, por sempre incentivar as pessoas a correrem atrás de seus sonhos e serem melhores. Agradeço pela música, pelas mensagens e por tudo que fez pela nossa música. Pena que não seguiu seus próprios conselhos... Já com saudades de ouvir “Charlie! Brown!”.

Que vazio.

(*) Fabiano P. D'Angelo, 35 anos, é divulgador musical em mídia eletrônica, trabalha com marketing artístico há 10 anos e é fã de Charlie Brown Jr. Fale com ele pelo email colunistas@brpress.net, pelo Twitter @brpress ou pelo Facebook..