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"Gravadoras sairão do mercado nos próximos dez anos", diz Lemmy

Em entrevista a site especializado em metal, vocalista do Motörhead dispara contra indústria da música e banqueiros; banda faz três shows no Brasil neste mês

BR Press Publicado em 04/04/2011, às 19h24

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Lemmy Kilmister acha que a indústria das grandes gravadoras não vai durar - AP
Lemmy Kilmister acha que a indústria das grandes gravadoras não vai durar - AP

(BR Press) - As declarações do vocalista e líder do Motörhead, Lemmy Kilmister, ao site MetalInsider.net, funcionam como um "esquenta" à altura do som pesado da banda, que toca no Brasil neste mês, em São Paulo (Via Funchal, 16/47), Curitiba (Master Hall, 17/4) e Florianópolis (Floripa Music Hall, 20/4).

Lemmy, eleito em 2007 pelo jornal britânico The Guardian como o maior e mais importante homem inglês vivo, é considerado um das personalidades mais sinceras e autênticas do rock. O documentário Lemmy (inédito no Brasil), de Greg Olliver e Wes Orshoski, mostra que o sujeito continua praticamente igual a quando o Motörhead começou, em 1975 - e que ele segue soltando o verbo contra os banqueiros, a indústria da música e o que mais aparecer na sua frente.

Sobre o descontrole das gravadoras sobre a música digital na web, Lemmy sentencia: "Não souberam trabalhar com a internet, então tentaram processá-la, o que é realmente estúpido. E parece que continuam se ferrando. Cada nova tentativa dá errado. Sendo assim, sairão do mercado nos próximos dez anos."

Para Lemmy, as alegadas dificuldades de se fazer turnês com a nova realidade do mundo da música digital são "uma bobagem". "Lotamos todos os lugares em que tocamos nos Estados Unidos. E não é a primeira vez. Dizem que a recessão pegou todo mundo, mas a garotada continua indo aos shows."

Ele continua: "Acho que é uma desculpa dos manda-chuvas para demitir todas as pessoas que não gostam [risos]. Banqueiros são pessoas muito, muito ruins, cara! E sempre se safam. Ninguém vai pra cadeia. O governo livra a cara deles. Depois eles se desculpam e voltam a fazer a mesma coisa. É uma desgraça."