Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Lizzy Caplan comenta o sucesso da polêmica série Masters of Sex

"É estranho perceber o quanto da minha visão moderna sobre a sexualidade feminina foi formada por uma mulher e uma equipe de cientistas dos quais não tinha ouvido falar", diz a atriz

Rob Tannenbaum | Tradução: Lígia Fonseca Publicado em 28/01/2014, às 12h38 - Atualizado às 12h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Lizzy Caplan - CRAIG BLANKENHORN/ SHOWTIME NETWORKS INC.
Lizzy Caplan - CRAIG BLANKENHORN/ SHOWTIME NETWORKS INC.

Nos últimos dez anos, mais ou menos, Lizzy Caplan tem sido a versão hollywoodiana de uma banda indie: amada, mas frequentemente pouco vista – como uma gótica irônica e vingativa em Garotas Malvadas, uma garçonete irônica usando gravata-borboleta rosa no finado seriado Party Down, e uma madrinha irônica, usuária de cocaína e tarada em Quatro Amigas e um Casamento. Com a série Masters of Sex, exibida no Brasil pelo canal pago HBO, o culto a Lizzy está crescendo. A atriz de 31 anos – que terminou um relacionamento de longa data com Matthew Perry, astro de Friends – fica tão à vontade para falar sobre anatomia quanto Virginia Johnson, a curiosa e determinada pesquisadora sobre sexo que interpreta no programa.

Como sua vida mudou desde a estreia de Master of Sex?

Minha vida cotidiana não mudou. Estou bastante estressada porque vou e volto do Canadá para rodar um filme enquanto tento me mudar para uma casa que comprei, minha primeira. É ansiedade demais para prestar atenção na repercussão do seriado. O que é uma droga, porque finalmente estou em algo para o qual as pessoas se importam, mas dá para dizer que senti uma mudança em como me percebem como atriz. Elas agora veem que sou capaz de fazer alguém que não seja a garota sarcástica em uma comédia.

Você é reconhecida em público agora?

Não muito. Acho que emano uma energia do tipo “não venha falar comigo”. E a série está na TV a cabo. O número de telespectadores que temos é minúsculo em comparação com um programa da TV aberta. Não é como se eu fosse uma das meninas do Glee.

O seriado se passa em 1956. Você ficou surpresa com as diferenças entre a sexualidade na época e atualmente?

Fiquei. É estranho perceber o quanto da minha visão moderna sobre a sexualidade feminina foi formada por uma mulher e uma equipe de cientistas dos quais não tinha ouvido falar. O mundo via a sexualidade feminina como problemática e nem de longe tão importante quanto a masculina. É engraçado pensar em [William] Masters [papel de Michael Sheen] como um ícone feminista, mas ele meio que é. Com certeza não foi o que se propôs a fazer, mas a ciência, na verdade, libertou muitas mulheres.

O programa usa vários eufemismos dos anos 50 para “vagina”. Você tem algum preferido?

Bom, “v hole” [buraco v], obviamente [risos]. É superimaturo e nada sexy e realmente me faz rir.

E você conseguiria usar “v hole” em uma frase agora?

Vou deixar para a sua imaginação.

O texto acima foi publicado na edição 88 da Rolling Stone Brasil.