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Lollapalooza 2013: "É bem surreal", diz guitarrista do Alabama Shakes sobre tocar no festival

Heath Fogg conta que a banda volta ao estúdio em abril para trabalhar no sucessor do disco Boys & Girls

Bruna Veloso Publicado em 30/03/2013, às 15h56 - Atualizado em 02/04/2013, às 19h14

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Alabama Shakes - Divulgação
Alabama Shakes - Divulgação

Há dois anos, seria difícil encontrar alguém no Brasil que tivesse ouvido falar do Alabama Shakes. Hoje, eles são uma das mais celebradas novas bandas de rock, e a mais aguardada atração do palco Alternativo neste sábado, 30, no Lollapalooza. O guitarrista Heath Fogg ainda está surpreso. "É bem surreal. Esse é o nosso primeiro show na América do Sul, e pelo que vi desse festival, espero muito gente", afirma, poucas horas antes da apresentação da banda. "Eu nunca imaginaria isso. Sempre quis vir para a América do Sul, mas nunca pensei que eu viria e poderia tocar guitarra diante de um monte de pessoas."

"Poder tocar em um festival, para muita gente, eu diria que é uma benção", ele continua, antes de falar do lado negativo de se apresentar nesse tipo de evento. "Em um festival, as probabilidades de se fazer um bom show estão contra você. Quando a gente foi fazer a passagem de som para hoje, por exemplo, o Queens of the Stone Age também estava fazendo, no palco em frente ao nosso. A gente nem conseguia se ouvir. Então, não sabemos como vai soar."

Mesmo não sabendo como vai soar, é mais fácil apostar que o grupo ganhará a plateia com as músicas de Boys & Girls, disco de estreia, que concorreu ao Grammy e tornou possível uma turnê por diversos países. A vida na estrada, no entanto, tem coisas boas, mas também ruins. "O melhor é que você vê coisas que não conseguiria ver de outro jeito. É muito caro viajar. São oportunidades que eu não teria se não estivesse em uma banda", afirma. "O pior é ficar com saudade de casa. Mas temos tido sorte, há bandas que têm que ficar na estrada por meses. A gente faz três semanas e depois tiramos folga por uma ou duas semanas. Acho que temos um cronograma diferente de diversas bandas que são novas como a gente." Esse esquema de viagens por períodos de tempo mais curtos é um pedido do próprio grupo. "Ouvimos que o Bon Iver viajava por duas semanas e depois tirava duas semanas de férias – e pensamos: 'É isso que queremos'."

O Alabama Shakes é formado por quatro rapazes – além de Fogg, Zac Cockrell (baixo), Steve Johnson (bateria) e o músico de turnê Ben Tanner (teclado) – e uma mulher, a vocalista e compositora Brittany Howard. É ela a força motriz por trás das letras confessionais do grupo. A banda já tem algumas novas músicas – que serão apresentadas no Lollapalooza e no show solo que eles fazem neste domingo, no Cine Joia – e já começou a se mover em direção a um novo álbum.

"A Brittany sempre é honesta quando compõe. É difícil dizer como o disco será como um todo, mas amamos esse tipo de música [confessional], acho que vamos continuar nesse caminho", afirma Fogg. Durante os meses de abril e maio eles permanecerão na cidade onde a banda nasceu, Athens, no Alabama, para compor e gravar. Mas um novo disco em 2013 ainda não é certo. "Estamos cada vez mais perto disso, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Não sei [se sai em 2013], mas adoraria dizer que sim."