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Lollapalooza 2014: na primeira apresentação no Brasil, Disclosure toca música eletrônica e declara amor a Ayrton Senna

Como headliner, o duo britânico se mostrou surpreso de se apresentar para “tanta gente”

Lucas Brêda Publicado em 06/04/2014, às 00h41 - Atualizado às 18h33

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Disclosure no Lollapalooza 2014 - MILA MALUHY/T4F
Disclosure no Lollapalooza 2014 - MILA MALUHY/T4F

A proposta de tocar música eletrônica “ao vivo” é um desafio para os grupos que se propõem a não cair na mesmice das músicas programadas, e ao mesmo tempo não querem perder a mão com a complexidade do som. O duo britânico Disclosure (alçado ao topo das paradas com o disco Settle, do ano passado), que fechou o primeiro dia de Lollapalooza – junto ao Muse –, viveu os dois lados da moeda na primeira apresentação do grupo no Brasil.

Competindo com o Muse, às 21h30, o Disclosure pode se orgulhar por levar tanta gente ao palco Interlagos, com apenas um disco na bagagem, e pouco mais de quatro anos de existência. E apesar do atraso de oito minutos, o sotaque com que Guy Lawrence se referia à plateia não deixava esconder a nacionalidade do duo. Ele disse: “Não consigo acreditar que tanta gente veio nos ver”, impressionado com a presença do público.

De fato, os brasileiros que assistiram à apresentação dançaram e gritaram com “F For You” e “When A Fire Starts To Burn”, entre as mais famosas do grupo e que abriram o show. Porém, conforme o repertório era percorrido pelos irmãos Howard e Guy Lawrence, algumas canções soaram desinteressantes, fazendo com que o público começasse a conversar e tirar os olhos do palco.

Além da linha de baixo de Howard, e os ritmos constantes baseados em samples, com gravações das mais diversas, o palco do show dos britânicos apresenta figuras em movimento, criando narrativas imagéticas que se desenvolviam conforme as músicas sugeriam. As luzes – predominantemente vermelhas e azuis – também deram peso à apresentação.

A dupla canta poucas músicas, e a maioria das performances com voz surgem de gravações femininas, algumas delas “interpretadas” por figuras animadas que surgiam no telão. Guy Lawrence ainda disse que o grupo “ama Ayrton Senna”, completando: “Estamos muito felizes de tocar aqui”, se referindo ao Autódromo de Interlagos, palco da Fórmula 1 em São Paulo.

As duas músicas finais, “Help Me Lose My Mind” (esta retratando a loucura com serenidade e coerência) e “Latch” reacenderam a plateia (especialmente a última), que apesar do cansaço de um dia inteiro, ainda se mostrava fiel. Discretamente e cheio de agradecimentos, o Disclosure deixou o palco Interlagos, saindo orgulhoso da empreitada eletrônica promovida no fim da primeira noite de Lollapalooza.