Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Lollapalooza 2014: sob sol escaldante, Vespas Mandarinas faz primeiro show do festival

Apresentação foi ganhando em qualidade e animação conforme o público (que ainda chegava ao Autódromo de Interlagos) aumentava

Lucas Brêda Publicado em 05/04/2014, às 13h50 - Atualizado às 20h42

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Vespas Mandarinas no Lollapalooza 2014 - Divulgação/T4f
Vespas Mandarinas no Lollapalooza 2014 - Divulgação/T4f

O público ainda chegava ao Autódromo de Interlagos quando o Vespas Mandarinas deu início ao Lollapalooza Brasil 2014. Com dois EPs e um disco na bagagem, a banda de rock paulistana se mostrou animada debaixo de um sol escaldante e de um público um tanto desinteressado, ainda se localizando na nova estrutura do festival, que chega ao terceiro ano seguido no Brasil.

Quando o relógio bateu exatos 12h20, o vocalista Thadeu Meneghini puxou a música “Santa Sampa”, do disco Animal Nacional (2013), seguida pela observação: “Está fazendo um dia lindo”. Realmente, o sol queimava o público, que usava copinhos d’água para se refrescar e se abanava com qualquer tipo de objeto que via por perto.

Logo na segunda canção a banda apresentou uma música dita inédita, segundo o vocalista, uma composição feita em parceria com Marcelo Yuka (um dos fundadores do Rappa), recebida com palmas. Em seguida, veio “Rir No Final”, quando o guitarrista e ex-VJ Chuck Hipolitho assumiu os vocais. Com ritmos animados e um bumbo potente, o baterista André Dea parecia o mais animado do grupo no palco.

Depois de “A Prova”, a banda puxou “Cobra de Vidro”, uma das únicas cantadas pelo público, que pouco conhecia do repertório da banda. Em músicas como “O Vício e o Verso”, refrãos de rimas fáceis (“Mas do que eu mereço/ Não importa o que eu faça/ Tudo tem seu preço/ Mas de você eu gosto de graça”) caíam fácil na boca dos mais interessados.

Conforme o público entrava no Autódromo de Interlagos, a plateia do show do Vespas Mandarinas engordava – o guitarrista Chuck Hipolitho chegou a pedir para quem estava atrás ocupar os espaços vazios em frente ao palco. É possível dizer que a quantidade de pessoas ao final do show era o dobro das que assistiram ao início da apresentação.

Com “Não Sei O Que Fazer Comigo”, de letra esperta, e o convite aos amigos da banda baiana Vivendo do Ócio, o show ganhou novo ânimo. “Chegou a hora de fazer bagunça. Vamos chamar o Vivendo do Ócio!”, anunciou Chuck. Juntos, eles tocaram “O Herói Devolvido”, “O Inimigo” e “Um Homem Sem Qualidades”, com os integrantes da banda baiana reforçando os vocais com gritos e backing vocals, e tocando, todos eles, instrumentos de percussão (meia-lua, chocalho), estes quase impossíveis de escutar, visto que não havia microfones próximos a eles.

Com um palco cheio e músicas mais vigorosas, o Vespas Mandarinas foi encerrando a apresentação. Na última canção, “Um Homem Sem Qualidades”, o vocalista Thadeu Meneghini desceu do palco, correu, gritou e rastejou na passagem que divide a plateia em duas. Quando o show parecia decolar, o tempo se esgotou e a banda encerrou sua participação no Lollapalooza.