Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Lollapalooza 2015: sob sol e garoa, mexicanos do Molotov privilegiam hits pesados

Banda exibiu imagens pornográficas nos telões e cantou letras irreverentes

José Flávio Júnior Publicado em 29/03/2015, às 15h57 - Atualizado às 17h53

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Molotov no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash
Molotov no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash

O Lollapalooza 2015 não foi tão generoso para interessados em pop e rock latino em geral. Após uma edição com o icônico Café Tacvba, a dupla argentina Illya Kuryaki and The Valderramas e a revelação chilena Francisca Valenzuela, o autódromo recebeu apenas uma atração hermana relevante este ano (e não foi o Ritmo Machine, que tocou no sábado, 28).

Lollapalooza 2015: com extravagâncias e particularidades, Jack White faz show instigante no encerramento do primeiro dia de festival.

O Molotov teve menos de 50 minutos no palco Skol para tentar resumir seus 20 anos de carreira. Por privilegiar os temas mais pesados de seus seis álbuns, o quarteto da Cidade do México acabou cometendo a heresia de não incluir os hits “Frijolero” e “Voto Latino” no roteiro. Mas a plateia que já estava em Interlagos às 13h30 pode se esbaldar com outros temas de grande sucesso nos países de língua espanhola, casos de “Chinga Tu Madre”, “Gimme Tha Power” e “Puto”. A última, escolhida para fechar o set, repete o xingamento que a torcida mexicana nos ensinou durante a Copa do Mundo, bradado quando o goleiro adversário cobra o tiro de meta. Enquanto, no futebol, haja uma tentativa de banir o termo (que, nos estádios daqui, foi adequadamente traduzido como “bicha”), no palco Skol os fãs do Molotov não tiveram pudores: “puto, puto, puto...”

Os melhores discos nacionais de 2014.

Em meio a tantas bandas anódinas de indie rock, a mistura irreverente de rap com hard rock dos mexicanos deu uma lavada na alma – que seria maior se caísse o pé d’água que se anunciava. Mas o grupo fez boa parte da apresentação sob sol e garoa, condição que foi a tônica do início da tarde de domingo, 29. Com dois contrabaixistas na maioria das músicas, o Molotov mandou suas versões do austríaco Falco (“Rock Me Amadeus”, que virou “Amateur”) e Misfits (“I Turned Into a Martian”, que virou “Marciano”) e foi responsável pelo momento mais pornográfico do festival até o momento. Durante a execução de “Changüich a la Chichona”, que faz referência a uma prática sexual, vários seios fartos foram exibidos nos telões. Ainda que tenha sido a primeira vez do grupo em São Paulo e o intercurso tenha sido rapidinho, quem participou sentiu prazer.