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Lollapalooza 2017: Da tímida estreia ao palco Onix, Glass Animals conta inspiração inusitada para o segundo disco

O grupo britânico toca neste sábado, 25, em São Paulo

Gabriel Nunes Publicado em 24/03/2017, às 14h51 - Atualizado às 15h06

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Glass Animals - Divulgação
Glass Animals - Divulgação

O segundo e mais recente disco do Glass Animals tem uma história no mínimo curiosa. Tomando indiretamente como ponto de partida as narrativas cinematográficas do diretor Jim Jarmusch – cujos enredos acompanham personagens excêntricos e outsiders –, o quarteto britânico começou a esboçar How to be a Human Being (2016) enquanto ainda estava em turnê pelo álbum de estreia Zaba (2014).

“Passamos muito tempo viajando depois de lançar o primeiro disco”, relembra o multi-instrumentista Edmund Irwin-Singer, que integra o Glass Animals ao lado de Dave Bayley, Drew MacFarlane e Joe Seaward. “Enquanto estávamos na estrada, conhecemos todo tipo de gente estranha. Elas sempre contavam histórias bizarras para nós. Foi então que Dave deu a ideia de registrar essas conversas com um gravador, o que às vezes fazíamos escondido”, revela.

A partir desses acontecimentos insólitos – como o caso de um encontro duplo que terminou em um trágico assassinato – o grupo de Oxford, Inglaterra, escreveu a maioria das canções do mais recente disco da carreira. “Alguns personagens são reais; outros, vagamente inspirados por essas histórias; e alguns são baseados em nós mesmos ou em nossos amigos.”

Para ele, outra diferença conceitual em relação ao debute aparece na espontaneidade com que How to be a Human Being foi concebido. Menos tímidos, Singer acredita que a desenvoltura adquirida sobre os palcos e o repentino sucesso facilitaram na hora de gravar o segundo trabalho da carreira – considerado por muitos o mais difícil.

“Quando fizemos o Zaba, ainda não tocávamos muito ao vivo”, diz o músico. “Isso fez com que nós gravássemos um álbum de estúdio por meio de um processo lento e cuidadoso. Já para o segundo, não queríamos gastar tanto tempo assim. Ele é mais improvisado, e isso o torna mais impactante, capaz de captar melhor o que estava acontecendo naquela época.”