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The Map of Tiny Perfect Things é um romance envolvente e agradável, com destaque para desempenho de Kathryn Newton e Kyle Allen [REVIEW]

Novo filme de romance adolescente da Amazon Prime Video chega ao catálogo nesta sexta, 12 - e reflete sobre as pequenas alegrias da vida

Isabela Guiduci | @isabelaguiduci Publicado em 11/02/2021, às 13h00

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Kyle Allen e Kathryn Newton em The Map of Tiny Perfect Things (Foto: Reprodução/Amazon)
Kyle Allen e Kathryn Newton em The Map of Tiny Perfect Things (Foto: Reprodução/Amazon)

Imagina viver o mesmo dia todos os dias da sua vida? E se o tempo pudesse parar? E se vivêssemos todos os dias a mesma coisa: seria liberdade ou solidão? Sabemos aproveitar os detalhes da rotina? 

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Em The Map Of Tiny Perfect Things, novo romance adolescente da Amazon, essa é a premissa - e, inicialmente, é a realidade de Mark (Kyle Allen), o protagonista de 17 anos que acorda todas as manhãs no mesmo dia e está preso em um ‘time loop’ - um enredo comum na ficção científica de sempre voltar a um determinado período de tempo. 

A premissa de time loop de The Map of Tiny Perfect Things é interessante e divertida - e embora já tenha sido explorada algumas vezes, principalmente em filmes de ficção científica e fantasia, segue como uma ótima alternativa para brincar com a narrativa e provocar reflexões sobre o tempo.

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Logo nas primeiras cenas, o filme quer bagunçar a mente do público ao iniciar a história sem um ponto de partida introdutório e explicativo. The Map Of Tiny Perfect Things abre a narrativa com um jovem aparentemente feliz. Gradualmente, passamos a entender que, na verdade, Mark está preso na mesma rotina há tanto tempo a ponto de ter memorizado cada detalhe, fala e momento daquele determinado dia. 

Todos vivem normalmente, e só Mark parece ter conhecimento sobre o time loop. É quando tudo muda e a existência do garoto toma um novo propósito. Em um dos mesmos lugares onde ele está todos os dias, ele vê um diferente acontecimento - uma garota passa, e como ele bem sabe, ela não estava ali. 

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Curioso para saber quem é a tal garota, ele a procura em meio à mesmice. Ao encontrá-la, descobre que assim como ele, Margaret (Kathryn Newton), é a única pessoa que parece saber da ‘temporal anomaly’ (“anomalia temporal”, em tradução livre), enquanto todas as outras repetem as mesmas atitudes diariamente. 

Em uma conexão instantânea por compartilharem à semelhante rotina, os dois embarcam em uma aventura, na tentativa de evitar a realidade, e decidem encontrar ‘as pequenas coisas perfeitas’ que a vida tem a oferecer naquele dia em que estão presos.

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A partir da ‘missão’ de Mark e Margaret, o filme reflete constantemente sobre a necessidade de valorizar os simples momentos do dia a dia. Como um bom romance adolescente, é com esta aventura - sensível e divertida - que os dois vão se aproximar, e é claro, se apaixonar, embora, inicialmente, Margaret não queira ceder aos sentimentos. 

Diferente de outros filmes que partem da mesma premissa, a produção, dirigida por Ian Samuels e com um roteiro de Lev Grossman, quer refletir, de maneira leve e complexa ao mesmo tempo, sobre o significado de tempo e principalmente sobre o valor da vida. Isso fica nítido com os comportamentos divergentes de Mark e Margaret ao enfrentarem o time loop.

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O roteiro de Grossman repete clichês esperados para um romance adolescente, como é o próprio caso da paixão que surge entre Mark e Margaret, apesar das diferentes reflexões sobre vida e significado de tempo. No entanto, consegue ser incrivelmente surpreendente em diversos momentos da história, que se desenrola facilmente, sem tropeços e é muito agradável de acompanhar. 

The Map of Tiny Perfect Thingsé aquele ótimo romance com uma quantidade saudável de drama no roteiro. É um passeio interessante pelos diversos gêneros: adolescente, ficção científica, comédia, romance e drama - e essa combinação, sem excessos, dá o tom perfeito para a narrativa. 

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Mais impressionante do que a premissa de time loop e as reflexões sobre o tempo é o desempenho fascinante e apaixonante de Kathryn Newton e Kyle Allen como Margaret e Mark. Os dois têm uma ótima química em cena, se conectam fielmente com a história e dão ritmo para a narrativa.  

Como Mark e Margaret estão praticamente sozinhos na realidade deles, os outros personagens têm pouquíssimas aparições, mas o casal protagonista é o suficiente para o desenvolvimento da narrativa. Kathryn Newton e Kyle Allen conseguem, inclusive, deixar o público com vontade de acompanhar mais sobre Mark e Margaret.

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Também devido ao bom clichê de romance adolescente, os heróis da história são os dois, especialmente Margaret, que descobre faltar um único pequeno perfeito momento que precisa acontecer para o tempo ‘voltar’ ao normal. E, como era de se esperar, está conectado com Mark

A trilha sonora encaixa perfeitamente com o tom romântico e adolescente do filme, com músicas alternativas e do universo indie - assim como é a proposta visual apresentada. Com uma forte identidade visual, The Map of Tiny Perfect Things conta com cortes que lembram cenas de um clipe de uma banda indie da década passada. 

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De fato, o filme tem bem mais acertos do que erros - não é um clássico do cinema, no entanto, é surpreendente dentro do gênero romântico adolescente. É divertido, agradável, sensível e com camadas suficientes de complexidade e profundidade nos arcos narrativos dos protagonistas. 

Com um roteiro curioso, e com a intenção de provocar ótimas reflexões no espectador, The Map of Tiny Perfect Things vai além de um romance adolescente. O filme original Amazon Prime Video chega ao catálogo do streaming nesta sexta, 12 de fevereiro. 


+++ PAI EM DOBRO | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL