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Morre Bunny Wailer, ícone do reggae e fundador do The Wailers, aos 73 anos

Artista criou a banda com Bob Marley e Peter Tosh, amigos de adolescência

Redação Publicado em 03/03/2021, às 09h09 - Atualizado às 09h49

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Bunny Wailer (Foto: Reprodução/YouTube)
Bunny Wailer (Foto: Reprodução/YouTube)

Bunny Wailer, ícone do reggae que fundou a banda The Wailers ao lado de Bob Marley e Peter Tosh, morreu aos 73 anos em Kingston, Jamaica, na última terça, 2. A causa da morte ainda não foi revelada, mas o músico estava internado desde julho de 2020 por conta de um derrame. Quem confirmou a notícia foi o empresário Maxine Stowe. A informação é do NME.

Wailer nasceu como Neville O’Riley Livingston em Kingston, Jamaica, em 10 de abril de 1947. Quando criança, mudou-se com a família para a vila de Nine Mile em St. Ann Parish, norte da ilha. O artista foi introduzido à música quando começou a tocar tambor durante os cultos religiosos feitos pelo pai, Thaddeus "Toddy" Livingston.

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Em St. Ann Parish, Wailer frequentou a escola Stepney All Age School, onde conheceu Bob Marley. Junto com Peter Tosh, os dois formaram, em 1963, uma banda, a qual teve nomes como The Teenagers, The Wailing Rudeboys e The Wailing Wailers antes de escolherem The Wailers.

Tiveram o primeiro hit número um na Jamaica com "Simmer Down" em 1964. No ano seguinte, lançaram o disco The Wailing Wailers, coleção das melhores gravações iniciais. Bunny Wailer saiu da banda em 1975.

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Na carreira solo, lançou discos de estúdio como Blackheart Man (1976), Protest (1977) e Bunny Wailer Sings The Wailers (1980). Ganhou três Grammys na categoria Melhor Álbum de Reggae com Time Will Tell: A Tribute to Bob Marley (1991), Crucial! Roots Classics (1995) e Hall of Fame: A Tribute to Bob Marley's 50th Anniversary (1997).

Em entrevista de 1984 ao NME, Bunny Wailer definiu o gênero como "um conceito do povo." Para o músico, "se você não faz reggae pelas pessoas, não faz sentido - não seria música."

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"O reggae, além da maioria das músicas, é um pouco mais relevante para a vida cotidiana e as atividades das pessoas," afirmou. "Não só eu, mas a maioria dos artistas tenta lidar com a própria experiência e dos outros para tentar aliviar estresse e tensão, os sentimentos são compartilhados. É como dividir um peso; reggae faz isso."


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+++MAIS SOBRE MÚSICA: 7 curiosidades que você certamente não sabia sobre Freddie Mercury [LISTA]

Freddie Mercury era único da cabeça aos pés. De sua voz às roupas. Da personalidade ao talento. A história de Mercury é tão impressionante que, em 2018, foi lançado um filme em sua homenagem, o Bohemian Rhapsody. Mas o longa não conta tudo sobre o cantor, afinal, seria impossível narrar todos acontecimentos da extraordinária vida de Mercury.

O artista faria 73 anos na última quinta-feira, 5, e mesmo após cerca de 30 anos da sua morte, ele continua sendo inesquecível. E alguns dos motivos são, certamente, as suas infinitas histórias.

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Para comemorar o aniversário do rei do rock, a Rolling Stone separou 7 curiosidades sobre Freddie Mercury. Confira:

 Freddie Mercury tinha 6 dentes a mais 

Um adulto costuma ter 28 dentes (32 com os sisos), mas Freddie Mercury possuía 36 contando com os sisos. O excesso de dentes era responsável pela aparência de Mercury, com seus dentes característicos.

Pela quantidade, os dentes traseiros empurram os dianteiros, deixando-os para frente. Essa característica é chamada de Dentes Supranumerários, e podem acontecer em qualquer fase na vida, tanto na formação da arcada dentária quanto em outros momentos. 

Essa condição de Mercury é considerada um dos principais motivos pelo alcance vocal do cantor, já que aumenta o espaço dentro da boca. No entanto, os dentes não agradavam Mercury, muito pelo contrário: ele odiava seus dentes. Mesmo assim, ele optou por não fazer cirurgias ou usar aparelhos porque tinha medo que houvesse alguma alteração na sua voz. 

+++LEIA MAIS: Queen: ouça os vocais isolados de Freddie Mercury em “Don't Stop Me Now”

Pesquisaram a voz de Freddie Mercury para saber o porquê dela ser única 

A voz de Freddie Mercury é inesquecível, e disso todos sabemos. Mas ela é tão impressionante que foi pesquisada, em 2015, por 4 estudiosos da voz: Christian T. Herbst,Stellan Hertegard, Daniel Zangger-Borch e Per-Åke Lindestad.

Por meio dos registros musicais de Mercury e da ajuda do cantor de rock Daniel Zangger-Borch, que fui incumbido de simular a voz de Freddie, os pesquisadores puderam descobrir que o diferencial do cantor do Queenera o seu vibrato.

Foi verificado que a voz de Mercury alcançava 117.3  Hz, frequência normalmente encontrada na voz de barítono. Além disso, segundo a análise de 240 notas sustentadas em 21 registros a cappella, o vibrato de Freddie atingia uma média extremamente alta, de 7.o4 Hz. 

A pesquisatambém revelou que a voz do empregava sub harmônicos, um estilo muito específico de canto onde as pregas ventriculares vibram com as pregas vocais, sendo são raras as pessoas que falam ou cantam dessa maneira. 

Mercury era formado em arte gráfica

O cantor se formou em Design Gráfico pelo Ealing Art College, em Londres. Depois disso, ele trabalhou com Mary Austin, namorada de Mercury na época, como vendedor de roupas no conhecido Mercado Kensington.

A experiência e o diploma tiveram um grande peso quando se trata do logo do Queen, conhecido como Queen Crest e desenhado pelo próprio Freddie Mercury. E os símbolos colocados na arte não foram em vão, tinham os significados muito bem definidos.

O conceito é unir os signos do zodíaco de todos os membros do Queen, começando pelos dois leões de John Deacon e Roger Taylor, o caranguejo de Câncer, signo de Brian May, e virgem para Freddie Mercury. O "Q"e a coroa representam o nome da banda, Queen, e a fênix, representação da imortalidade e ressurreição, proteje todos os elementos. 

Além desses aspectos, o estilo do logotipo faz alusão ao brasão real, o que pode ser interpretado como patriotismo.

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 Freddie Mercury vestiu a Princesa Diana de homem para que pudessem sair

Lady Di e Mercury eram grandes amigos, mas a fama dos dois tornava quase impossível que saíssem juntos. Além do assédio dos fãs e jornalistas, Lady Di tinha que seguir restritas ordens reais, já que fazia parte da Família Real Britânica.

Apesar dos obstáculos, Mercury deu um jeito de sair com a princesa: vesti-la de homem e levá-la para o The Royal Vauxhall Tavern, um bar LGBT badalado ao sul de Londres. E Lady Di topou. Vestindo um casaco militar, um par de óculos de sol e um gorro, a princesa e o músico saíram e puderam conversar.

Mercury, que resolveu ir ao bar sem disfarces, chamou toda a atenção, enquanto Diana conseguir permanecer disfarçada. A história foi contada por Cleo Rocos na biografia Bananas Forever

 Freddie Mercury e Michael Jackson quase fizeram um álbum juntos

Na década de 1980, Freddie e Michael Jackson estavam prestes a gravar um álbum juntos, mas o que os impediu foi uma lhama. Pois é, você leu direito. 

O episódio envolvendo o animal aconteceu depois da relação dos dois artistas já ter ficado desgastada devido à personalidade forte e diferente de ambos. Tudo piorou quando Michael Jackson, que tinha uma lhama de estimação, insistiu em levá-la para o estúdio, o que desagradou muito Mercury

Jim ‘Miami’ Beach, advogado que se tornou empresário do Queen, revelou que ao se deparar com o animal, Mercury o ligou desesperado e disse: “me tire imediatamente daqui, estou gravando com uma lhama”.

O álbum não saiu, mas 3 demos conseguiram ser lançadas, são: "There Must Be More to Life Than This", "Victory" e "State of Shock."

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Quase ninguém sabe onde as cinzas de Mercury foram depositadas

Freddie foi cremado no cemitério de Kensai Green, em Londres, no ano de 1991. Mas o local de suas cinzas é um mistério. Há informações de que apenas Mary Austin, os membros da banda, Jim Hutton ( último companheiro do cantor) e a família do dele sabem onde foram depositadas suas cinzas. 

Os fãs do cantor tentaram encontrar o local, e acreditam que seja no no mesmo cemitério na cremação. Alguns anos atrás, encontraram uma placa no mesmo cemitério dedicada à Farrokh Bulsara, nome de batismo de Freddie Mercury

Além do nome, as datas de nascimento e óbito batem com a do cantor, e a frase "Para estar sempre perto de você, como todo meu amor', escrita na placa, é seguida da inicial "M", que seria uma referência à Mary Austin.

Apesar da descoberta, nada foi confirmado.

+++LEIA MAIS: Quem é Mary Austin, a musa de Freddie Mercury em Love of My Life?

 Freddie Mercury é o nome de um asteroide

Em 1991, ano em que Mercury faleceu, foi descoberto um asteroide, o 17473, rondando pelo espaço. Pode ter sido apenas coincidência, mas em 2016 esse mesmo asteroide foi nomeado, pela União Astronômica Internacional, em homenagem a Freddie Mercury

O Freddiemercury 17473 foi anunciado pelo guitarrista do Queen, Brian May, que - aqui vai uma outra curiosidade - é doutor em astrofísica.  Além do asteroide, Freddie Mercury também dá nome a uma espécie de planta, batizada em homenagem ao cantor.