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Morre a cantora, escritora e ativista LGBT Vange Leonel

Causa da morte foi a metástase de um câncer no ovário

Redação Publicado em 14/07/2014, às 18h35 - Atualizado às 20h24

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A cantora Vange Leonel - Divulgação
A cantora Vange Leonel - Divulgação

A cantora, escritora e ativista LGBT Vange Leonel morreu aos 51 anos na tarde desta segunda-feira, 14, em São Paulo. Há 20 dias ela descobriu um câncer no ovário, com metástase na membrana que envolve os órgãos da região abdominal. Vange estava internada no hospital Santa Isabel, setor particular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A informação foi confirmada no Twitter da jornalista Cynara Menezes e pelo site da Veja SP.

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Vange era casada há 28 anos com a jornalista Cilmara Bedaque. Juntas, elas mantinham um blog sobre cerveja no site da revista Carta Capital. "Um sentimento que deixa partir / Tendo a certeza da liberdade do amor. Ela então sonhou que era livre / Do cateter, das agulhas em suas veias, do buraco em seu peito. Eu só pude dizer: você é livre", escreveu ela no Twitter. Na mesma rede social, a mulher de Vange também chegou a pedir que os fãs e amigos enviassem boas energias. "Vange está com seríssimo problema de saúde. Peçam aos deuses, deusas, toquem tambores ou o que como o bem entenderem", escreveu ela no domingo, 13.

Veja abaixo:

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A artista começou a carreira na música como vocalista da banda de rock pesado Nau, que em 1987 lançou o primeiro disco (homônimo). Como integrante do grupo, ela participou também da coletânea independente Não São Paulo II, que saiu pelo selo Baratos Afins.

Em 1991 chegava às lojas o primeiro disco solo dela, Vange, que teve grande sucesso comercial. O single “Noite Preta” foi tema de abertura da novela Vamp, exibida pela Rede Globo. Do álbum também faziam parte faixas como “Mulher Lobo” e “Esse Mundo”, além de uma versão para “Divino Maravilhoso”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Vermelho, segundo trabalho solo da cantora, chegou às lojas em 1995, mas não teve o mesmo êxito.

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Como escritora, Vange lançou os livros Lésbicas (1999), Grrrls: Garotas Iradas (2001), As Sereias da Rive Gauche (2002) e Balada para as Meninas Perdidas (2003).

Ouça a faixa "Noite Preta":