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Mudar as regras do Oscar para banir filmes da Netflix é contra a lei, diz justiça

Em uma carta à Academia, o Departamento de Justiça diz porque a alteração não deve acontecer

Rolling Stone EUA Publicado em 04/04/2019, às 13h02

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Alfonso Cuarón (Foto:Andrew H. Walker/BEI/REX/Shutterstock)
Alfonso Cuarón (Foto:Andrew H. Walker/BEI/REX/Shutterstock)

(Texto corrigido às 13h, do dia 4 de abril)

De acordo com o site da Variety, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas recebeu uma carta do Departamento de Justiça alertando a instituição sobre as consequências de mudarem as regras para que filmes produzidos por e para serviços de streaming não concorram ao Oscar.

O documento alega que essa alteração pode infringir leis que garantem uma competição justa pela estatueta.

+++ Leia nossa análise do Oscar 2019

Makan Delrahim, chefe do Departamento de Justiça, escreveu diretamente para Dawn Hudson, CEO da Academia, e alega que a decisão de impedir a participação desses filmes pode “suprimir a competição”.

Um porta-voz da organização declarou publicamente que “uma resposta adequada foi emitida”, e que no próximo dia 23, os responsáveis por decidirem as regras do Oscar vão se reunir para debater o assunto.

Esse aviso chega aproximadamente um mês após o diretor Steven Spielberg dar início a uma campanha "anti-streaming", com o objetivo de evitar que tais produções sejam indicadas ao Oscar.

A urgência do assunto vaio à tona após a cerimônia deste ano, na qual o cineasta mexicano Alfonso Cuarón e seu filme Roma, produzido e lançado pela Netflix, vencerem nas categorias de Melhor Diretor, Filme Estrangeiro e Cinematografia.