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“Nossa música é alegre e esconde as letras tristes”, diz vocalista do The Wombats

Banda se apresenta pela primeira vez no Brasil, em São Paulo, nesta sexta-feira, 27, e no Rio de Janeiro, domingo, 2 de outubro

Redação Publicado em 27/09/2013, às 18h16 - Atualizado às 19h15

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The Wombats - Divulgação
The Wombats - Divulgação

“Você pode me ligar em uma hora?” A voz de Matthew Murphy, líder do The Wombats chega cortada do outro lado da linha. “Eu não estou ouvindo... Táxi... Me liga às 15h?” O responsável por vocal, guitarra e teclados do trio de Liverpool, Inglaterra, aproveitou a passagem da banda pelo Brasil, pela primeira vez, para passar a semana no Rio de Janeiro com a namorada. “Eu estava no táxi naquela hora”, explica ele, depois, falando do celular diretamente da capital carioca. “Ele também falava ao telefone enquanto dirigia. Falava alto. Percebi que não daria certo tentar a entrevista”.

Murphy planejou fazer os programas turísticos no Rio de Janeiro. Até a tarde daquela terça-feira, ele havia conseguido visitar Ipanema, Copacabana e jantado em um lugar que ele não conseguia se lembrar o nome. “Eu gostei bastante. Tem sido bem legal”, resumiu ele, sobre a passagem pelo Rio.

Com dez anos de carreira e dois discos lançados, o Wombats debuta em palcos nacionais nesta sexta-feira, 27, na Via Marquês, em São Paulo. Depois, no domingo, 29, Murphy volta ao Rio de Janeiro, com o grupo, para se apresentar no Studio RJ. As duas apresentações integram a festa Mr. Jack’s Birthday e foram realizadas através de crowdfunding no site PlayBook.

“Acho que isso tira um pouco a pressão dos nossos ombros”, analisa o vocalista, sobre o financiamento por parte dos fãs. “É incrível saber que foram eles os responsáveis pelos nossos shows aqui. Às vezes, ficamos em dúvida, porque são os promotores de shows que nos levam para os países. Sabemos que os fãs nos querem. É algo mais pessoal, entende?”

O fato de ser a primeira vez da banda por aqui traz ainda mais ansiedade para o trio, segundo Murphy. “Não sabemos o que esperar, não é? Não sabemos como as pessoas vão lidar com as nossas músicas”, diz. O certo é que a banda fará um setlist que abrace os dois discos deles, The Wombats Proudly Present: A Guide to Love, Loss & Desperation (2007) e The Wombats Proudly Present: This Modern Glitch (2011).

Há um terceiro álbum no forno – inclusive o primeiro single, chamado “Your Body is a Weapon”, sairá no dia 2 de outubro -, mas a banda não pretende mostra-lo por aqui. “Até poderíamos, mas da forma que estamos gravando, usamos muita tecnologia, não apenas guitarra, baixo e bateria. Precisaríamos de muita coisa”, diz ele. “E, também, não é assim que fazemos as coisas”, explica o vocalista. “Nós primeiro lançamos a música, vemos como ela vai entrar nas paradas e então vemos como é a resposta ao vivo”.

A ideia do vocalista é que o terceiro disco chegue às lojas até março de 2014. “Temos umas 15, 16, 17 músicas... Ainda não gravamos, mas levamos três semanas só gravando esta música. Ela soa diferente de todos os outros discos”, explica. O novo trabalho será gravado na ensolarada Los Angeles, nos Estados Unidos.

O terceiro trabalho trará a união dos dois álbuns do Wombats, acredita o vocalista e principal compositor do grupo. O primeiro deles, Guide to Love, Loss and Desperation, foi marcado pelas batidas potentes da bateria e pelo rock com vocação nítida para fazer ferver a pista de dança. Não pode acaso, “Let’s Dance to Joy Division”, grande hit daquele disco, venceu o prêmio de Melhor Música de Pista, da britânica NME, em 2008. O álbum ainda tinha outros hits potentes como “Kill the Director”, “Backfire at the Disco” e “Moving to New York”.

“No segundo [disco], entraram os sintetizadores”, diz Murphy. Ainda que a vocação para sacudir esteja nas canções, elas ganharam mais texturas e nuances. “Fizemos dois anos de turnê tocando baixo, guitarra e bateria. Foi uma evolução natural”, explica ele.

Ainda que Murphy cite bandas do post-punk como Joy Division e The Cure (na música “Addicted to The Cure”, lançada no EP Jump Into The Fog, 2011), ele garante que as bandas que o inspiraram na adolescência foram Radiohead e Smiths. “Eu realmente gostava das batidas. As letras poderiam ser mais depressivas, mas também eram cínicas. Era deste sentimento que eu gostava”, diz ele. “Nossa música é alegre e esconde as letras tristes”, conclui ele. “E gosto que sejamos assim.”

The Wombats, na festa Mr. Jack’s Birthday, em São Paulo

Sexta-feira, 27 de setembro, às 22h

Av. Marques de São Vicente, 1.589 – Barra Funda.

Ingressos: R$ 120

Compra: Bilheteria ou Ingresso rápido.

The Wombats, na festa Mr. Jack’s Birthday, em São Paulo

Sexta-feira, 27 de setembro, às 22h

Av. Marques de São Vicente, 1.589 – Barra Funda.

Ingressos: R$ 120

Compra: Bilheteria ou Ingresso rápido.