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Novas evidências sugerem o assassinato de Brian Jones, fundador dos Rolling Stones, 50 anos depois

Os novos flashs da investigação aparecerão no documentário da Netflix, baseado no livro Who Killed Christopher Robin?

Redação Publicado em 29/07/2019, às 13h04

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Brian Jones e Mick Jagger (Foto: AP)
Brian Jones e Mick Jagger (Foto: AP)

Neste ano, completam-se 50 anos desde a morte de Brian Jones, fundador da icônica banda de rock, Rolling Stones. O cantor foi encontrado na beira de sua piscina em Cotchford Farm, no Sul da Inglaterra, e sua morte até hoje é considerada um mistério. 

Alguns flashs dessa investigação aparecerão em um documentário da Netflix, baseado no livro Who Killed Christopher Robin?.

Em julho, sua filha Barbara Marion concedeu uma entrevista para o Sky Newse alegou que a morte do seu pai não foi devidamente investigada e acredita que ele pode ter sido assassinado. Em novas evidências sobre o caso, um entrevista inédita reacendeu as suspeitas de que um crime foi cometido que, na época, a polícia acobertou a situação. 

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Na noite em questão, 2 de julho de 1969, Jonas foi descoberto morto aos 27 anos. Três semanas antes, o músico, que fundou os Stones, havia sido demitido da banda, que venderia mais de 240 milhões de discos na época.

Centenas de reportagens e documentários foram feitos para que fosse possível descobrir a verdade. Uma das motivações levantadas para uma possível teoria foi a disputa financeira entre Jones e o construtor Frank Thorogood

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Em imagens obtidas pelo Sunday Mirror, o empresário de Jones, Tom Keylock, apresenta o artista e os seus amigos estando "fora de si" depois de comerem alguns bolos com haxixe. 

O agente, agora morto, foi entrevistado em 2009 por Rawlings, que passou 30 anos procurando a verdade.

Em entrevista, Keylock finalmente admitiu que ele estava em Cotchford Farm, sendo que ele passou anos negando que estava lá.

"Acredite em mim, esta é a última entrevista que eu vou fazer em Brian Jones. Quarenta anos depois, ainda estou ouvindo histórias. Estou ficando doente disso", disse.

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De acordo com a versão oficial, havia apenas três convidados naquela noite: Brian Thorogood, Anna Wohlin, namorada de Jones e a enfermeira Janet Lawson, namorada de Keylock.

Todos que prestaram declarações policiais disseram que Jones estava bebendo e que estava tomando alguns comprimidos para dormir, segundo Lawson. Além disso, todos afirmam que deixaram a piscina e foram para partes separadas da casa minutos antes de Jones se afogar. 

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Já o quebra-cabeças montado por Rawlings desafia a versão oficial daquela noite e coloca muitas pessoas na festa. Keylock disse, em entrevista: "O que as pessoas não sabem é que os bolos [com haxixe] eram muito fortes. É por isso que eles estavam todos chapados e não sabiam nem que dia era"

"Janet me disse que não lembra de nada porque estava fora de si. Eu fui o único que não estava chapado. Eu estava lá e é por isso que sei a verdade."

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Keylock acredita que a investigação policial foi frustrada e admite ter sido informado por seu irmão Frank, um alto funcionário da Scotland Yard CID.

Em outras alegações, Keylock diz: "A razão pela qual eu sei que é um encobrimento é porque meu irmão estava no CID e ele disse: 'Apenas esqueça, eles tomaram uma decisão, foi morte acidental'". 

O encobrimento policial - além de outras alegações são descritos no documentário da Netflix.

Com alguns depoimentos, Rawlings disse que Thorogood acreditava que Jones devia £ 6.000 (aproximadamente £ 97.000) para ele. 

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A namorada de Jones, Anna Wohlin, que voltou para a Suécia logo após a morte, mais tarde pareceu fortalecer a teoria de que Thorogood tenha assassinado Jones.

"Eu não sei se Frank quis matar Brian. Talvez fosse uma brincadeira na piscina que deu errado. Mas eu sempre soube que ele não havia morrido de morte natural."

Nicholas Fitzgerald, um amigo de Jones, disse que chegou às 23h (a polícia chegou ao local 0h12) e viu "pelo menos três homens e uma mulher" olhando para um corpo flutuante.

Bob Marshall, chefe da equipe de investigação, disse que havia "seis ou mais" convidados na festa. Mas a identidade dos outros permanece um mistério.

O documentário afirma que o médico legista Angus Somerville foi subornado para a autópsia. Sommerville, que morreu em 1981, recebeu misteriosamente 12.000 em ações da Dunlop que foram colocadas em sua conta no dia da morte de Jones.

Rawlings disse: "É muito suspeito. O timing é perfeito. Poderia ter sido algo que Frank tenha feito. Ele tinha muito dinheiro e teria sido capaz de fazer isso". Além disso, ele revelou que está investigando se Jonas foi espancado antes de morrer. "Há rumores de que ele estava coberto de hematomas, então eu estou tentando chegar ao fundo disso". 

Mesmo com a vontade de descobrir a verdade, Rawlings teme que novas questões nunca sejam respondidas. "Talvez o seu assassino nunca será levado à justiça."

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