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Novo álbum de Mark Ronson vai do afrobeat ao pop oitentista

Em entrevista durante o Creators Project, produtor comentou sobre seu mais recente trabalho, Record Collection, que chega às lojas em setembro

Por Patrícia Colombo Publicado em 15/08/2010, às 16h50

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Mark Ronson se apresentou no Brasil neste sábado, 14, no Creators Project - Reprodução/ Site oficial
Mark Ronson se apresentou no Brasil neste sábado, 14, no Creators Project - Reprodução/ Site oficial

Record Collection, terceiro álbum de Mark Ronson (lançado no projeto Mark Ronson & The Business), produtor conhecido por ter trabalhado com nomes como Amy Winehouse, Lily Allen e Kaiser Chiefs, chega às lojas no exterior em 28 de setembro e, ao que tudo indica, os fãs poderão sentir uma vibe anos 80 em algumas das faixas, que contaram com teclado vintage e inspiração dos britânicos do Duran Duran.

Já nos primeiros clipes divulgados, "Circuit Braker" e "Bang Bang Bang", as referências ali se encontram, seja na sonoridade do próprio teclado, seja na influência do game Zelda (no caso do primeiro exemplo), ou no vestuário e nas imagens inspiradas nos programas japoneses setentistas e oitentistas (no que se refere a "Bang Bang Bang") - claro, tudo com um toque de futurismo e elementos mais atuais. Entre as colaborações do disco? Simon Le Bon, do Duran Duran, e Boy George, do Culture Club.

"Eu queria mudar um pouco o som porque entre o da Amy Winehouse [Back to Black, de 2006] e o meu último álbum [Version, de 2007], havia muitas referências aos anos 60", explica Ronson, que veio pela segunda vez ao Brasil para o Creators Project (realizado neste sábado, 14 - saiba como foi o evento), em entrevista à Rolling Stone Brasil. "Eu estava trabalhando com Duran Duran no novo disco deles, com teclados e tal, passando tempo com eles... Foi uma inspiração, mas não uma coisa para que soassemos iguais. Apenas pegamos elementos disso e incorporamos ao nosso som."

O produtor, contudo, ressalta que o público não ouvirá apenas influências oitentistas, já que Record Collection, em alguns momentos, segundo ele, foge bastante de tal sonoridade, como é o caso da faixa gravada com a colaboração de Boy George. "Não pensamos em fazer um álbum estilo anos 80. Há materiais que remetem a isso, e muitos outros que não", afirma. "Até 'Somebody to Love Me', com Boy George, por exemplo, não soa como uma faixa anos 80, há afrobeat, psicodelia." Diferente de Version, o novo álbum apresenta apenas música inéditas, sem covers, contando, inclusive, com a estreia de Ronson nos vocais (na faixa "Lose It (In the End"), experiência que o próprio - que aparenta certa timidez - caracteriza como "estressante". "Não foi legal... [risos]", afirma.

Durante a coletiva de imprensa do evento, Mark Ronson, claro, foi questionado sobre o próximo disco de Amy Winehouse. Ronson produziu o bem sucedido Back to Black, lançado em 2006, e, desde então, avalanches de perguntas e especulações na mídia são feitas acerca de quando o disco sucessor chegará às lojas. Quem, no sábado, 14, aguardava alguma novidade que se diferenciasse do "ainda não começamos a gravar", ficou chupando o dedo. Ronson não comentou sobre quando a dupla entrará novamente em estúdio, mas também não economizou nos elogios à cantora. "Fizemos Back to Black em três semanas. Ela é uma cantora incrível", disse.

Moda

Em sua segunda passagem pelo Brasil, o produtor apareceu com os cabelos descoloridos, que, não à toa, pareciam uma mistura entre Marie Fredriksson, a vocal do Roxette, e a cantora Robyn. Sempre estiloso, combinou sapatos brancos a calça em rosa salmão, camiseta verde e blazer azul marinho. Sobre sua relação com moda, falou: "Gosto usar roupas legais, mas não vou dizer que penso 'ah, me vestirei assim para gravar tal disco", conta. "Mas também não direi 'ah, eu coloquei a primeira roupa que vi no armário.' Isso seria mentira." Ronson, visto no meio da moda como o exemplo de como ser 'cool', assinou em 2009 uma linha de sapatos para a grife Gucci. Da criação musical à criação fashion.