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Os últimos 12 meses de vida de Freddie Mercury: "The Show Must Go On", coquetéis e amputação

O vocalista do Queen faleceu em consequência da Aids no dia 24 de novembro de 1991

Redação Publicado em 06/01/2020, às 11h47

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Freddie Mercury (Foto: Legacy / Media Punch)
Freddie Mercury (Foto: Legacy / Media Punch)

Freddie Mercury descobriu ter Aids e ser portador positivo do HIV em 1987, mas só revelou o diagnóstico para a imprensa dias antes da morte. O vocalista do Queen enfrentou a dolorosa batalha contra a doença em silêncio e lutou para manter o legado artístico da banda até o último dia de vida.

Na década de 1980, a Aids ainda era uma doença pouco conhecida e cercada de tabus relacionados com a comunidade LGBTQ+. Os rumores sobre a doença do vocalista do Queen começaram a circular a partir de 1986, segundo a People

Contudo, o diagnóstico do artista só foi confirmado um ano depois e, além de fazer questão de não divulgá-lo para a mídia e negar que era HIV positivo, Mercury manteve a doença em segredo até mesmo dos amigos e da família.

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Apesar da tentativa, os mais próximos do cantor sabiam que ele enfrentava problemas graves de saúde. Antes mesmo de ser oficialmente diagnosticado em 1897, o Queen  encerrou a Magic Tour

Após o último show da banda, em 9 de agosto de 1986, a imprensa começou a pressionar o astro do rock para realizar declarações sobre o próprio estado de saúde e divulgou fotos que mostravam a fragilidade física do cantor.

Em 1989, o artista revelou a doença para os amigos e parentes. De acordo com uma matéria da Rolling Stone, Mercury não usou a palavra Aids para descrevê-la e apenas disse: "Vocês provavelmente perceberam qual é o meu problema".

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Um das últimas aparições públicas do vocalista do Queen foi no palco do Brit Awards, em 1990. Ao lado de Brian May,John Deacon e Roger Taylor, Mercury recebeu o prêmio de Contribuição Excepcional para a Música.

Quando o Mercury gravou "The Show Must Go On", em 1991, ele já estava nos estágios finais da doença, mas mesmo assim continuou o trabalho no estúdio. Segundo a revista GQ, ele bebeu um pouco de vodka e disse para os colegas de trabalho: "Eu fazer isso, po***".

No aniversário de 45 anos do cantor, no dia 5 de setembro de 1991, o Queen lançou o clipe de “These Are the Days of Our Lives”, o último clipe em que Mercury apareceu. Ainda nesse ano, a banda divulgou o disco Innuendo, que também foi o último com a participação do vocalista.

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Apesar da persistência de Mercury, May revelou que naquele ano os integrantes do Queen sabiam que o artista não teria muito tempo de vida. 

"Todos nós sabíamos que não tinha muito tempo sobrando. Freddie queria que a vida dele fosse a mais normal possível. ele obviamente estava com muita dor e desconforto [...] Para ele, o estúdio era um oásis, um lugar onde a vida era apenas o mesmo que sempre foi. ele amava fazer música, ele viveu para isso", disse o guitarrista para o The Telegraph, em 2013.

No estágio final da Aids, Mercury precisou realizar uma amputação no pé e chegou a fazer um tratamento com os primeiros coquetéis desenvolvidos para Aids. Mas, pouco tempo depois, decidiu parar de tomar todos os remédios e preparar a própria despedida.

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Um dia antes da morte, o vocalista do Queenpediu para que o representante dele finalmente divulgasse para imprensa o diagnóstico da doença. E aproveitou o comunicado para pedir que as pessoas deixassem o preconceito de lado e apoiassem a luta contra a Aids.

"Seguindo a enorme especulação da imprensa, eu gostaria de confirmar que eu fui identificado como HIV positivo e com Aids", disse Mercury por meio do representante.

Ele completou: "Eu senti que era correto guardar essa informação para proteger a privacidade daqueles a minha volta [...] No entanto, chegou a hora de meus amigos e meus fãs ao redor do mundo saberem a verdade e eu espero que todos se juntem a mim, meus médicos e todos pelo mundo na luta contra essa doença terrível".

Freddie Mercury morreu por causa de uma broncopneumonia no dia 24 de novembro de 1991.


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