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Oscar 2021: Por que prestar atenção na trilha sonora de Minari?

Filme sensível e reflexivo de Lee Isaac Chung recebeu 6 indicações ao Oscar 2021, inclusive em Melhor Trilha Sonora

Redação Publicado em 06/04/2021, às 15h59

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(Foto: Reprodução/A24)
(Foto: Reprodução/A24)

Poético, sensível e reflexivo, Minari - Em Busca da Felicidade, filme dirigido e roteirizado por Lee Isaac Chung, é um dos destaques do Oscar 2021, com seis indicações na premiação. A história, que se passa na década de 1980, acompanha uma família sul-coreana nos Estados Unidos em busca do "sonho americano". 

Toda a composição de elementos do filme é extremamente importante para a narrativa. Não é à toa que Minari - Em Busca da Felicidade disputa as categorias de Melhor Filme, Melhor Ator com Steven Yeun, Melhor Atriz Coadjuvante com Youn Yuh-jung, Melhor Diretor com Lee Isaac Chung, Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora.

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Inspirada em acontecimentos reais da infância do diretor, o filme conta com um tom sensível do começo ao fim. O teor emocionante e brilhantemente poético é potencializado pela impecável trilha sonora, composta pelo músico Emile Mosseri.

Gravadas com uma orquestra de 40 cordas, as composições de Emile são um acompanhamento íntimo e emocionante da história da família Yi e dialogam sensivelmente com a narrativa de Minari - Em Busca da Felicidade. As faixas "Rain Song" e "Wind Song" foram delicadamente interpretadas pela atriz Han Ye-ri.

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Composição sensível, complexa e totalmente amarrada ao filme

Em entrevista ao Fresh Fiction, o compositor da trilha sonora, Emile Mosseri, contou ter composto as canções para o filme ao longo de seis meses, e explicou que escreveu muitas músicas usadas na montagem do longa. Portanto, "a trilha sonora estava bem incorporada à massa do filme". 

Sobre o processo de criação, na mesma entrevista, falou: "O roteiro de Minariera tão lindo e internalizei essas coisas e então escrevi músicas com o espírito disso. As primeiras músicas que escrevi estavam relacionadas à história dele [diretor]."

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"Há algo que é muito íntimo - em uma história sobre cinco personagens em uma casa móvel em um pequeno espaço - mas também há alguma grandiosidade emocional no filme. Estava escrevendo daquele lugar. Apenas escrevi muitas músicas que pareciam conectivas ao núcleo emocional e esperava [...] enviar a música para o diretor antes de eles começarem a filmar. [...] Tudo estava conectado em um ponto inicial do processo.", completa.


Arranjos sensíveis e músicas impecáveis

Ao assistir ao filme, é muito interessante acompanhar e se atentar minuciosamente à trilha sonora. Todas as músicas são perfeitamente encaixadas com as cenas - seja no desempenho dos atores, cenário, figurino, fotografia, etc.

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É curioso notar como todos estes elementos estão conectados de uma maneira intrínseca. Isso acontece, provavelmente, por conta do que Emile Mosseri explicou: o diretor teve acesso à trilha sonora antes da montagem e filmagem da produção.

Consequentemente, a ligação entre os elementos é muito poética e dialoga diretamente com o roteiro. Minari - Em Busca da Felicidade é um drama muito sensível e emocionante, e toda a sentimentalidade é potencializada com as canções.

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Lee Isaac Chung foi muito inteligente ao encaixar poeticamente a trilha sonora de Emile Mosseri com o filme, e criar diálogos entre os elementos técnicos e audiovisuais. As músicas, envolvidas por muito piano, contam com arranjos fortes, bem-construídos e profundamente sentimentais.

A composição de Emile Mosseri é uma peça espetacular e certamente um dos principais nomes da categoria do Oscar 2021 de Melhor Trilha Sonora. Ouça as músicas de Minari - Em Busca da Felicidade:

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Apesar de ter vivido apenas 28 anos, Heathcliff Ledger (mais conhecido por Heath) marcou o cinema com papéis como Patrick Verona em 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999) e Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)

Heath nasceu em Perth, Austrália, em 4 de abril de 1979. Neste domingo, completaria 42 anos. Confira sete curiosidades sobre o ator: da origem de nome a quem era o melhor amigo. 

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Nome

O nome do ator, Heathcliff, foi inspirado em um personagem de O Morro dos Ventos Uivantes (1847), de Emily Brontë, livro preferido da mãe dele, Sally Ledger. Do mesmo romance, Sally tirou o nome de outra filha, Katherine.


Primeiras experiências

Heath estudou na Guildford Grammar School, escola só para meninos, onde teve a primeira experiência como ator. Aos 10 anos, participou de uma montagem da peça Peter Pan.

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Como ator profissional, um dos primeiros papéis da carreira foi em Home And Away (1988), espécie de novela teen a qual lançou várias estrelas australianas. Interpretou Scott por apenas 10 episódios e, apesar de ter feito muito sucesso, recusou propostas dos produtores para continuar.


Inspiração

Durante os anos de escola militar, Heath coreografou e dirigiu um grupo de 60 colegas para uma competição. Foi a primeira equipe masculina a disputar, e saíram vitoriosos. O ator comparou a apresentação ao estilo de Gene Kelly, de Cantando na Chuva (1952) e revelou como o dançarino era seu maior ídolo no cinema.

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Xadrez

Heath era um adorador de xadrez e jogava desde pequeno. Aos 10 anos, ganhou o campeonato júnior da Austrália Ocidental. Quando adulto, continuou o hábito e jogava frequentemente no Washington Square Park em Nova York (EUA). 


Gambito da Rainha

A partir do amor pelo xadrez, em 2008, anunciou planos de iniciar filmagens da adaptação do livro O Gambito da Rainha (1983). Teria sido a estreia de Heath como diretor de cinema. 12 anos depois, o romance foi adaptado para uma produção da Netflix e foi a série mais assistida de 2020, segundo JustWatch.


Jake Gyllenhaal

Colegas de elenco em O Segredo de Brokeback Mountain (2005), Heath e Jake Gyllenhaal se tornaram grandes amigos. O ator é, inclusive, padrinho da única filha de Ledger, Matilda.


Coringa

O vilão de O Cavaleiro das Trevas (2008) foi o papel de maior reconhecimento de Heath. Com ele, ganhou o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante em 2009. Nas filmagens, projetou sozinho a composição do personagem. Segundo Heath, se Coringa fosse real, faria a própria caracterização.

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Foi à farmácia, comprou maquiagem e aplicou-a sozinho. Depois, a equipe de maquiagem apenas replicava o visual criado por ele.