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Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre é mais um dilema clichê adolescente, mas consegue ser suficientemente sensível [REVIEW]

O terceiro filme, que encerra a história de Lara Jean e Peter Kavinsky, chegou ao catálogo da Netflix nesta sexta, 12

Isabela Guiduci | @isabelaguiduci Publicado em 13/02/2021, às 11h00

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Para Todos Os Garotos: Agora e Para Sempre - Noah Centineo e Lana Condor (Foto: Katie Yu / Netflix)
Para Todos Os Garotos: Agora e Para Sempre - Noah Centineo e Lana Condor (Foto: Katie Yu / Netflix)

[Atenção: O texto pode conter spoiler de Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre]

Terceiro filme da trilogia baseada nos livros de Jenny Han, Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre chegou ao catálogo da Netflix nesta sexta, 12. A produção conclui a história de Lara Jean Song Covey (Lana Condor) e Peter Kavinsky (Noah Centineo).

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Para encerrar o capítulo do Ensino Médio do amado casal Lara Jean e Peter, o filme acompanha os últimos meses dos dois no colégio. A narrativa segue o famoso dilema clichê adolescente das produções norte-americanas: a aprovação na faculdade e o futuro do relacionamento deles como casal.

Peter foi aceito na Universidade Stanford da Califórnia com uma bolsa de lacrosse, e os dois esperam que Lara também consiga ser aprovada na mesma faculdade para que eles não precisem manter um relacionamento à distância. Nada acontece como eles planejaram, porém.

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Além de Lara Jean não ser aceita em Stanford, a futura universitária se apaixona por Nova York e pela NYU (Universidade de Nova York) em uma viagem com a escola. A partir da nova paixão, precisa escolher seguir os sonhos profissionais e tentar um relacionamento à distância ou ficar próxima de Peter.


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Embora repita um dilema clichê adolescente dos filmes norte-americanos, Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempreconsegue ser suficientemente sensível e é, de fato, o longa mais maduro - principalmente no arco narrativo dos protagonistas - dentre os três da franquia. 

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Um dos destaques do terceiro filme é que, dessa vez, conhecemos mais sobre o conturbado relacionamento entre Peter e o pai, e inclusive, acompanhamos um lado pessoal do protagonista, que até então não havia sido tão explorado. Noah Centineo consegue emocionar o espectador com o incrível desempenho do personagem no novo longa. 

As lições sobre família não estão restritas ao Peter, é claro. Assim como nos dois primeiros filmes, o pai e as irmãs de Lara Jean seguem sendo o aspecto mais importante da vida dela - e são essenciais para o amadurecimento dela, principalmente a irmã mais nova, Kitty

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O novo casamento do pai de Lara Jean, no entanto, parece uma trama um pouco perdida em relação ao conflito central que é a decisão dela sobre qual faculdade deve escolher e a passagem para a vida adulta. 

Na verdade, há diversos pontos acerca do desenvolvimento de Lara Jean que são confusos e não fazem muito sentido, possivelmente devido ao tempo reduzido de uma adaptação audiovisual. Não conhecemos questões mais internas e complexas sobre as escolhas em relação ao futuro, o que deixa a narrativa da personagem não tão rica em detalhes e um pouco vazia.

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Além de uma única conversa em que Lara Jean menciona a possibilidade de conseguir estágios em editoras de Nova York, o público não consegue entender o que ela quer exatamente da NYU, para além do fato dela ter se apaixonado pela cidade onde a faculdade está localizada. 

Ao tentar conciliar o amadurecimento de Lara Jean e o relacionamento com Peter, o roteiro acaba falhando com as duas principais questões da vida da personagem - e não se concentra muito bem em nenhuma. Inclusive, as cenas extras com outras narrativas, como o novo casamento do pai de Lara Jean, parecem não se encaixar com a proposta do filme. 

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Uma das falhas do roteiro é nítida quando, mesmo com o relacionamento mais maduro e com a boa amizade do casal, a protagonista não consegue falar com Peter sobre ter errado a mensagem em que diz, sem querer, que havia sido aceita em Standford e leva um tempo desnecessário para contar a verdade. 

Mesmo com as faltas e excessos,Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre consegue desenvolver um ótimo nível de sentimentalidade e é emocionante ver o amadurecimento de Lara Jean e como ela, pela primeira vez, reflete sobre o que é bom para a vida dela - mesmo que isso a coloque distante de Peter

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A distância também é um reflexo do amadurecimento dos dois como um casal, que entendem como amar não é só estar há apenas 100 quilômetros ou precisar estar perto o tempo todo, mas é apoiar as decisões que farão o outro feliz, independente do que isso possa significar.

Apesar de não ser o futuro que Lara Jean imaginou ao lado de Peter, é o início de um novo momento da vida dela em que ela provará da independência e poderá experimentar novas amizades - sem a família, a melhor amiga de infância e o namorado, três pilares os quais ela sempre foi muito dependente.  

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Assim como nos dois primeiros filmes, a trilha sonora se encaixa perfeitamente e inclusive repete uma canção bastante conhecida pela franquia, “I Like me Better”, de Lauv. Além dessa, outras faixas pop combinam muito bem com a proposta final de Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre.

Com um design especialmente desenvolvido para o filme e cenários lindos - com destaque para as cenas em Seul, na Coreia do Sul, e em Nova York, nos Estados Unidos - a identidade visual segue sendo um dos pontos fortes da amada franquia da Netflix.

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O desempenho e a química em cena de Lana Condor e Noah Centineo também não podem deixar de ser mencionados. Desde o primeiro filme, os dois parecem ter se conectado de uma maneira única com os personagens e se tornaram a peça central para a narrativa de Para Todos os Garotos

Com várias lições sobre família, a importância do amor-próprio e amadurecimento - individual e do casal -, o terceiro filme, Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre, encerra de uma maneira bonita, sensível e sincera a história de Lara Jean e Peter Kavinsky. O longa já está disponível na Netflix

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