Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Pela primeira vez desde 2006, The Replacements se reúne e prepara EP

Com tiragem de 250 cópias, discos serão leiloados e o dinheiro será doado para ex-integrante da banda que infartou em fevereiro

ROB TANNENBAUM Publicado em 07/10/2012, às 14h24 - Atualizado às 15h36

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
The Replacements - AP
The Replacements - AP

Pela primeira vez desde 2006, o Replacements gravou novas músicas. No fim de setembro, o vocalista Paul Westerberg e o baxista Tommy Stinson passaram o dia em um estúdio em Minneapolis para editar quatro covers que serão lançadas neste ano em um EP em vinil de dez polegadas, com edição limitada. Serão 250 cópias, leiloadas online, e todo o dinheiro será doado para Slim Dunlap, guitarrista do grupo entre 1987 a 1991, que sofreu um infarto forte em fevereiro.

Leia textos das edições anteriores da Rolling Stone Brasil – na íntegra e gratuitamente!

Como contou Wesberg à Rolling Stone EUA, o baterista do Replacements, Chris Mars, “não quis fazer parte” desta reunião. “Não fiquei surpreso, mas estou um pouco desapontado.” No seu lugar, Peter Anderson tocou bateria enquanto Kevin Bowe (que participou da banda solo de Westerberg na sua última turnê, em 2005) tocou guitarra. Com aquele ecletismo característico, a banda gravou "Busted Up", do próprio Dunlap, “Everything's Coming Up Roses”, de um musical da Broadway chamado Gypsy, uma canção de Gordon Lightfoot de 1965 chamada “I'm Not Sayin’” e "Lost Highway", de Hank Williams. “Eu e Tommy pegamos nossas guitarras, não dissemos uma palavra e ‘bang’”, lembra Westerberg. “Nós ainda arrebentamos como um assassinato.”

Westerberg sempre ficou em dúvida quanto a uma possível reunião do Replacements, desde que a banda rompeu, em 1991, mas foi o entusiasmos de Dunlap que o persuadiu. “Ele não está em boa forma. Está meio paralisado, só pode mexer um pouco uma perna. Quando eu mencionei esse disco, pareceu ser algo que ele realmente queria que acontecesse. ‘Vocês, caras, se juntem’, disse ele num suspiro. ‘Vão tocar alguma coisa.’”

Pode esta reunião de uma das melhores bandas norte-americanas dos anos 80 se transformar numa nova turnê ou em um novo álbum? “É possível”, responde Westerberg. “Depois de tocar com Tommy na semana passada, fiquei pensando: ‘Tudo bem, vamos engatar a marcha e lançar um disco como esse’. Vamos dizer assim: estou mais próximo disso agora do que estava há dois anos”

Ainda sobre a banda, chegará aos cinemas norte-americanos o documentário sobre ela Color Me Obsessed, de Gorman Bechard, no dia 20 de novembro. “Decidi representar a banda de uma forma mais icônica”, disse o diretor à Rolling Stone EUA, “Eu pensei que as pessoas acreditam em Deus sem vê-lo ou ouvi-lo, mas através de paixão, fé e histórias dos outros. Depois de assistir Color Me Obsessed, tenho certeza que os fãs de música acreditarão no Replacements da mesma forma.