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Lollapalooza 2015: Emocionado com a recepção, Pharrell encerra palco Skol com um caminhão de hits

Dançarinas empolgadas e fãs em cima do palco marcaram a apresentação

José Flávio Júnior Publicado em 29/03/2015, às 22h35 - Atualizado às 23h53

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Cantor no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash
Cantor no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash

Diante de boa parte das 70 mil pessoas que compareceram ao segundo e último dia do Lollapalooza 2015, neste domingo, 29, Pharrell Williams ofereceu uma coletânea com o que de melhor foi produzido na música negra urbana e radiofônica nos últimos 15 anos. "Coincidentemente", todo esse material leva o nome dele na produção ou composição. Quem circulou a piadinha de que a apresentação de Pharrell no festival teria dez versões de "Happy" pagou o mico de passar por ignorante. O norte-americano, que completa 42 anos na próxima semana, é uma das figuras mais importantes do pop contemporâneo e, em uma hora e meia de show no palco Skol, enfileirou as criações que atestam isso.

Apesar dos 15 minutos de atraso, o autódromo manteve-se paciente e vibrou com o número de abertura, "Come Get it Bae". Antes de seguir com músicas de Girl (2014), pausa para relembrar "Frontin'", seu primeiro single solo, que data de 2003. Pharrell, que acabara de colocar a mão no peito para simbolizar a emoção de fechar um festival no Brasil, com direito a carinha de choro, não teve pudores de cantar os versos pervertidos de "Frontin'" (pergunte para um adulto o que ele quer dizer com "I was gonna tear ya ass up").

As cinco dançarinas que atendem pelo nome The Baes, todas trajando roupas da marca Adidas, ajudaram a dar o clima sexy da apresentação. Em determinado momento, tiveram o palco só para elas, cada uma com espaço para solar, descendo até o chão e fazendo graça com as primeiras filas.

Antes de engatar um medley com produções para Nelly, Jay Z e Busta Rhymes, Pharrell entoou "Brand New". Mesmo sem a presença de Justin Timberlake ao vivo, ela se mostrou a faixa mais empolgante de Girl. Merecia ser explorada devidamente como single. Na sequência, lembrou sua vinda a São Paulo em 2010 com o projeto experimental N.E.R.D. (que abriu para Eminem em um evento no Jockey Club) e encheu o palco de fãs - primeiro eles, depois elas - para coadjuvar em três temas, com destaque para "Lapdance" e a ensandecida "She Wants to Move".

O momento Snoop Dogg foi um dos mais apreciados. Pharrell recordou a primeira visita dele ao Rio de Janeiro, quando gravou o clipe de "Beautiful" com o rapper, e botou quente com a minimalista "Drop It Like It's Hot". As Baes e as duas boas vocalistas de apoio ficaram com o palco só para elas em "Hollaback Girl", produção que contribuiu para viabilizar a carreira solo de Gwen Stefani. Em um crescendo, veio "Blurred Lines", agora com a moral de ter sido defendida por Stevie Wonder (a Justiça norte-americana pode dar o veredito que quiser sobre o tal plágio. Para quem gosta de música, vale a palavra do senhor maravilha), e os dois singles divididos com o Daft Punk. Tanto "Get Lucky" quanto "Lose Yourself to Dance" ganharam versões estendidas, porém insuficientes para a animação do público.

Ah, sim, e teve "Happy" fechando.