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Phil Rudd, ex-baterista do AC/DC, quebra o silêncio e fala sobre a prisão e saída do grupo

Músico se declara culpado por ameaça de morte e posse de drogas

Redação Publicado em 05/05/2015, às 15h16 - Atualizado em 10/08/2015, às 11h41

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Phil Rudd em Tauranga, Nova Zelândia. - AP
Phil Rudd em Tauranga, Nova Zelândia. - AP

Após um período recluso, Phil Rudd falou sobre a recente prisão dele e sobre a saída da banda AC/DC. Em abril, o músico se declarou culpado por ameaçar de morte um funcionário e pela posse de metanfetamina e maconha, deixando o histórico grupo australiano.

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Em entrevista ao site A Current Affair, Rudd afirmou: “Estava muito estressado naquela época. Voltei à Austrália e percebi que o lançamento de Head Job (álbum solo do baterista, de 2014) tinha sido um fracasso, fiquei puto com isso”. Rudd, no entanto, se demonstrou arrependido das ações. “Cometi muitos erros recentemente. Mas tenho de seguir adiante”, afirmou o músico.

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Substituído por Chris Slade no AC/DC, Rudd explicou como deixou o grupo. “Escrevi uma carta endereçada aos meus ex-companheiros, também tentei contato com Angus Young, mas não tive sucesso. Isso me desapontou muito, mas a vida é assim. Tenho certeza de que eles estão bem e que estão aproveitando a atual turnê."

Apesar dos desencontros, Phill Rudd revelou planos de voltar a tocar com o AC/DC. “Haverá outras turnês e eu estarei em alguma delas. Isso vai acontecer até todos os membros morrerem, acho que só assim a banda deixará de fazer shows.”

Chris Slade já havia tocado com o AC/DC, entre os anos de 1989 e 1994, participando do álbum The Razor's Edge. Slade foi substituído por Rudd, que já havia feito parte do grupo australiano entre os anos 1975 e 1983. A segunda passagem de Phil Rudd foi a mais duradoura de um baterista no grupo, de 1994 a 2015.

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Entenda o caso

Phil Rudd se declarou culpado, durante um julgamento na Nova Zelândia, que aconteceu em 21 de abril, de ameaçar matar um empregado e a filha de dez anos do funcionário. O músico também se declarou culpado pela acusação de posse de drogas.

Segundo informações do jornal local New Zealand Herald, Rudd telefonou ao empregado no dia 26 de setembro de 2014 fazendo ameaças de morte. À época, a polícia local fez uma busca na casa dele, localizada na cidade de Matua, na Ilha do Norte da Nova Zelândia, e encontrou metanfetamina e maconha.

Perante a declaração de Rudd, o juiz do tribunal de Tauranga manteve a liberdade condicional do músico, que receberá uma sentença definitiva no próximo dia 26 de junho. Craig Tuck, advogado do baterista, afirmou ao jornal local que tudo não passa de uma confusão gerada por uma "ligação mal-humorada".

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Em novembro passado, ele havia se declarado inocente das acusações de planejar um assassinato e de posse de drogas.

No dia 6 do mesmo mês, o australiano foi preso sob a acusação de encomendar a morte de dois homens no fim do mês de setembro. Ele também foi acusado por posse de metanfetamina e maconha, assim como ameaça de morte. O músico compareceu à corte no mesmo dia e foi liberado com o pagamento de fiança.

De acordo com a polícia de Tauranga, onde mora o músico, o motivo da liberação dele foi a “falta de evidencias” para o planejamento dos assassinatos, mas as acusações de posse de metanfetamina e maconha, contudo, continuam sendo investigadas.

Para o advogado de Phil Rudd, à época ele sofreu um "dano incalculável" ao ser acusado de planejar um assassinato, após a repercussão mundial do caso. O advogado cogita um processo contra a polícia local e o pedido de indenizações. “A acusação de encomendar o assassinato não deveria existir”, disse o profissional à Rolling Stone EUA. “Ela foi retirada menos de 24 horas depois do senhor Rudd aparecer diante da Corte. Ele sofreu com má publicidade de forma desnecessária."

Rudd poderia pegar até 10 anos de prisão caso fosse considerado culpado da acusação de tentativa de assassinato. No caso de porte de drogas, ele ainda enfrentará a possibilidade de passar sete anos em cárcere caso seja considerado culpado pela justiça neozelandesa.